domingo, 12 de junho de 2011

Crónica Domingueira à Sexta-Feira - Objectivo: Lisouros de Cima.

Na sexta-feira foi dia 10 de Junho, Dia de Portugal.

Aproveitando o feriado, alguns dos elementos do tapa furQs BTT Clube reuniram-se para uma manhã dedicada ao BTT.
Muitos foram os ausentes, por isso, por uma questão de "economia processual", identificamos apenas os presentes, Ang3lo, Alone Ranger, Filipe, Viana e Zé Duarte, pois é deles que reza esta história.

Honrou-nos ainda com a sua presença o amigo Moleiro dos Barca Bikers TT, a convite do Ang3lo, e que protagonizou alguns dos episódios da volta, como adiante veremos.

O nosso convidado.
Às 7:30, mais coisa menos coisa, arrancámos em direcção à Labruja, via Caminho de Santiago. Ainda em Arcozelo paragem obrigatória para o costumeiro cafézinho, ou então teríamos que ouvir o Ang3lo de 3 em 3 minutos!!!

De volta ao "trilho", logo fizémos de rajada uns bons 2Km (dois quilómetros) e, como não queríamos puxar muito pelo Moleiro, fizémos uma segunda paragem, junto ao viveiro das trutas.
O calor já apertava, o pó engolido era muito, e decidimos por unanimidade atacar um Favaios bem fresquinho, que a jornada assim pedia.
Já aqui abordamos abundantemente o tema "os perigos da desidratação no BTT", mas nunca são demais estes alertas, principalmente para aqueles que se iniciam agora na modalidade.
O blog tapa furQs faz também "serviço público".

Não se enganem os mais distraídos com a publicidade no copo a uma "beberage" estrangeira;
trata-se do bom e nacional Favaios, ou não fosse Dia de Portugal!!



Em cima, dois dos elementos mais desidratados!
Animados, vá-se lá saber porquê, atacámos a subida à Labruja com a garra e determinação, que é apanágio do tapa furQs, deixando o nosso Moleiro admirado com as capacidades bttísticas do grupo, ou seja, a capacidade de dizer mais disparates sobre BTT (e outros) por quilómetro percorrido, principalmente por parte do Alone Ranger, que com tais devaneios até se esquece de pedalar.

Enquanto o diabo esfrega um olho (coisa que deve fazer muitas vezes, pois que isto onde há fogo há fumo), dizíamos, enquanto o mafarrico esfrega um olho já nós chegávamos ao local onde existe a denominada "cruz dos peregrinos" ou "cruz dos mortos", local obrigatório para uma foto.



Ok, duas fotos.

Hora de seguir viagem, quando fomos surpreendidos pelo Moleiro, que antes de iniciar a marcha decidiu trocar de calçado, para um mais confortável?!
Explicou-nos que sai sempre com pelo menos dois pares de camisolas, que vai vestindo e tirando ao longo do percurso (como pudémos constatar, qual Bárbara Guimarães em plenos Globos de Ouro) mas não dispensa também dois pares de calçado, que vai alternando, conforme o tipo de piso, mais duro ou mais rolante.
Eis aqui o segundo par:


Não há dúvida, conforto e arejamento, dois predicados essenciais para o pé do ciclista.
O tapa furQs, apesar de muito à frente em termos de nutrição e hidratação dirigidos para a prática do BTT,
no que concerne ao calçado, tem ainda muito para evoluir.

Isto é sempre a aprender, e por isso é tão importante este convívio entre os ciclistas, pois ninguém nasce ensinado, e é a prática e os bons exemplos de quem já anda nestas andanças há mais tempo, que permitem a boa evolução na modalidade.

Daqui para a frente foi "ao calhas", seguimos em direcção a Coura, mas nenhum de nós conhecia aqueles trilhos e estradões, mas isso é que também tem piada, descobrir faz parte do nosso código genético como povo, e era um bom dia para tal.
No monte não há nada que saber em termos de direcção a tomar, pois só há duas, "para cima" ou "para baixo", e para já era "para cima".

Eis-nos chegados a uma lagoa artificial, tempo para recuperar energias com algumas barras ou fruta, tendo o Ang3lo consumido a sua banana "made in Nasa", que tão orgulhosamente tinha exibido na primeira paragem:

   
Na lagoa:


Em segundo plano o Moleiro, com grande técnica, transferindo a água da Lagoa para a sua mochila hidrobag.
Quando saímos pouca água restava, ainda bem que a nescente estava forte!! 
Pois é, para o Moleiro estava destinado ainda mais protagonismo, como a seguir veremos.
Numa das explorações por trilhos novos, atacamos um singletrack que, além de nos levar a lugar nenhum, ia levando a orelha do Moleiro!!!
Arre que não há volta onde não haja sangria, e desta feita coube o azar ao nosso convidado:



"-Podem-me levar a orelha, mas não me levam a boa disposição!!"
Os azares não ficaram por aqui!
O Filipe, o homem que domina os répteis, não trouxe a sua bicla que, segundo ele, foi para a revisão.
Sabemos no entanto por portas travessas que tal não é verdade, o homem depois de tantas avarias e furos decidiu mandá-la para Vilar de Perdizes para lhe ser feito um exorcismo, sob a orientação do Padre Fontes.
Na bicicleta emprestada (pelo seu compadre ou pelo padrinho da sua filha, não sabemos bem) tudo corria sobre rodas até... furar, pois claro!!


A bicicleta já não rodava há muito tempo, e na roda estavam dois... teixugos!!
Reunido de emergência o conselho tapa furQs, decidiu-se que o Zé Duarte não podia ajudar, de modos que num instante estava o furo reparado!



Posição pouco confortável para accionar a bomba, mas segundo o próprio, muito eficiente.
À cautela o Ang3lo decidiu desviar a cara, não fosse ficar KO.

Estava na hora de voltar, e após alguns enganos e desenganos, fomos parar a um local onde havia duas placas: uma indicava LISOUROS DE CIMA e outra LISOUROS DE BAIXO, duas aldeias do concelho de Paredes de Coura.
O Alone Ranger achou que deveríamos seguir para Lisouros de Baixo, razão pela qual todos se dirigiram para LISOUROS DE CIMA! :)

Chegados à Estrada Nacional, e porque o tempo assim o determinava, fizémos a quase totalidade do regresso por estrada, coisa que não nos agrada muito, voltando a apanhar o percurso de Santiago já em Arcozelo, onde nos cruzámos com dezenas de peregrinos em bicicleta!! Era quase meio-dia, o calor apertava e bem, e desejámos muita sorte a quem àquela hora e tão carregado, ia ainda subir a serra da Labruja!!

Em Ponte de Lima, paragem obrigatória no Telhadinho, onde à falta do pastelinho de bacalhau decidimos, por sugestão da casa, pedir uns não menos apetitosos rissois de leitão.

Zé Duarte a distribuir jogo; um médio de eleição!!

Filipe e Alone Ranger ao ataque, já na recta final.
O fotofinish não foi conclusivo, pelo que tiveram de fazer uma segunda tentativa.

O odómetro contou quarenta e muitos quilómetros, mas como o Alone não levou o gingamoixinhas do GPS, não há os habituais dados altimétricos e percurso. Paciência.

E pronto, chega ao fim mais uma crónica, um pouco atrasada uma vez que a de Domingo foi já elaborada e publicada pelo Zé Duarte, mas ainda assim a tempo.


Abraços tapafuristicos do vosso amigo,
Alone Ranger.

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