segunda-feira, 30 de maio de 2011

A crónica domingueira e a arte de bem reparar todo furo.

Pois é, mais um domingo, mais uma volta, mais uma crónica.

O dia começa de manhãzinha, e o ponto de partida estava definido. A volta teria início nos Arcos de Valdevez, com o rookie Serafim a comandar as tropas.

À partida, logo uma novidade: o Alone bateu os demais ao sprint nos primeiros 50 metros, sendo de longe o primeiro a chegar ao café!

Perguntarão os leitores, e perguntaram também na hora os companheiros, que raio lhe terá dado para começar logo a volta "a abrir"?! Pois bem, a culpa foi dumas danadas dumas cólicas intestinais que, não fora a velocidade com que chegou ao WC, e estamos certos que o Agostinho não lhe daria boleia de volta para casa!

Agostinho com ar brincalhão, logo após ter apagado a luz!

Níveis de cafeína regularizados, e toca a pedalar, que a volta promete.

Mais uma vez ninguém tomou conta do Paulino; será só café?!

Até ao infinito, e mais além!
Primeira etapa, o Paço de Giela:
 
Tudo ainda muito fresco, com pedalada possante.


Bom, alguns com pedalada possante, outros nem tanto!
Tudo corria a bom ritmo, e os obstáculos eram ultrapassados com naturalidade.

Obstáculo ultrapassado com naturalidade, ou não fosse ele próprio um obstáculo natural.
Pois bem, hoje revelamos aqui um segredo, que o não será para alguns, pelo menos para aqueles que mais atentamente seguem estas crónicas, ou seja eu, o Ang3lo, e mais dois ou três.

Dizíamos, hoje revela-se um segredo!
Às vezes as pessoas abeiram-se de nós e perguntam (bem não perguntam, pois têm vergonha) mas no íntimo questionam-se, como conseguem os tapa furQs tamanha performance, vencendo montanhas, desbravando montes e vales, enfrentando as maiores intempéries, domingo após domingo, sem vacilar, sempre com um sorriso nos lábios, capazes das maiores façanhas atléticas?!

A resposta é fácil, alguns menos avisados até já lhe chamaram doping, mas o verdadeiro nome dessa bebida isotónica é: FAVAIOS.
O tapa furQs é desta forma pioneiro no uso deste produto natural, de eficácia comprovada ao nível da hidratação e reposição dos sais minerais essenciais à boa performance ciclística.


Cá está, um brinde à Adega Cooperativa de Favaios, produtora da bebida milagrosa.
Ficarão alguns ainda admirados, tudo de copo na mão?!, que raio de lojística, a malta foi andar de bicicleta ou fazer pic-nic?! Pois também aqui a explicação é simples: Tudo cabe na mochila do Alone Ranger, o cantil, os copos, as máquinas de filmar e fotografar, o tripé, o telemóvel, o corta vento, as ferramentas, as câmaras de ar, os indispensáveis "tapa furos", o líquido selante, o hidobag, a fruta e as barras energéticas, etc.
Há quem diga que ele até tem um frigorífico lá dentro! É mentira, já teve mas já não tem, e a culpa foi do Ang3lo que uma vez o abriu para ter luz, e esqueceu-se de fechar a porta; um prejuízo!!

A tal mochila...
A partir daqui os precalços com o material circulante, iriam ditar o rumo dos acontecimentos.
E não, não nos referimos a essa impossibilidade técnica que é conseguir desapertar um pedal, por mais de uma vez, em pleno andamento! Como todos sabem, os pedais das bicicletas foram idealizados para apertarem com o andamento, e não o contrário! O autor de tal façanha foi o caloiro Serafim, e desde já fica o aviso para que o orgão fiscalizador do tapa furQs BTT Clube averigue nas próximas jornadas se não estará ele a exceder-se na dose de Favaios, explicação única que encontramos para tal desiderato.

Pensamos que a imagem é bem elucidativa, e outros membros poderão ser alvo de fiscalização acerca da sobredosagem.

Não é, Miguel?

Os problemas a que nos referimos resumem-se ao ataque de reumatismo que achacou a bicla do Filipe. Máquina já com muita estrada (ou monte), mais ajuizada que os ciclistas, quando viu o acumulado de 1500m que nos aguardava, resolveu não colaborar!

Começou com um furo lento, que apesar de uma quantas assopradelas e mais tarde uma dose de líquido selante, resolveu não dar tréguas.

Câmara de ar nº 1!

Câmara de ar nº 2!

 Estava difícil, as câmaras de ar compradas no chinês na secção das boias e colchões de ar pareciam não querer colaborar, até que o Zé Duarte tomou as rédeas da operação, avançando como credenciais:
- Há mais de trinta anos que encho o pneu!

Zé Duarte, tomando as rédeas da operação.
 

Zé Duarte, exibindo o resultado de anos de saber e perícia acumulados! 

O Ang3lo, já que estava de boca aberta, aproveitou para comer uma banana.
Espantados com tamanha destreza, nenhum de nós conhecia a técnica a que chamaremos de "alheira de porco preto", aproveitamos também para comer qualquer coisa, enquanto o Filipe dizia que tinha já dominado a serpente na volta anterior, não queria agora ter de lutar com a "anaconda"!

Era necessário tomar medidas drásticas, e logo uma equipa de 5 profissionais se juntou para resolver o problema:

Note-se a ausência do Zé Duarte!
Problema resolvido, após o Ang3lo ter emprestado uma câmara de ar decente, e ala que se faz tarde.
É tempo de pedalar, aproveitar as belas paisagens e tirar uma "fotos":








Via romana.

O temporal da noite anterior fez das suas e tornou alguns caminhos menos transitáveis.
Os problemas não tinham acabado, pois a transmissão da bicla do Filipe não estava a colaborar e tornava a jornada mais difícil.
Devido ao tempo gasto nas "assistências técnicas" não havia tempo para passar por Rio de Moinhos, e até porque o Edil daquela freguesia se encontrava ausente, ao que parece em acções de campanha eleitoral, e desta forma não seríamos recebidos como desejável.

Por isso atalhamos caminho, não sem antes pararmos para voltar a apertar o pedal do Serafim!!!!!

Ele há cada fenómeno!!!!
Desta feita não hove acidentes/quedas, uma vez que foi com o Agostinho (que nunca cai),
ficando este registo para a posteridade.
Atravessam-se pontes....
...e até as montanhas se curvam, perante tal determinação!
 
No final, tempo ainda para reposição dos líquidos perdidos;
o caloiro Serafim soube estar à altura dos pergaminhos tapa furQs
e tinha à chegada uma de FAVAIOS bem fresquinha.

Em baixo, o resumo estatístico da volta:



Abraços tapafurísticos.

domingo, 29 de maio de 2011

A EXPLICAÇÃO

No post anterior, o companheiro Zé Duarte levantou uma dúvida que carecia de explicação.
Pois muito bem, nas nossas voltas domingueiras há sempre pelo menos uma foto de grupo, que pressupõe alguma preparação por parte do(s) fotógrafo(s) de serviço, para que o resultado seja digno de figurar neste blog.
Ora pois este foi o caso, onde o Alone e o Ang3lo foram apanhados no momento em que direccionavam as objectivas.
Isto é malta que sempre reclama na hora de tirar as "fotos", mas que se impacienta enquanto não são "reveladas".

Pois o resultado foi este, para que dúvidas não restem:

Foto do Ang3lo

Foto do Alone Ranger
Mais uma vez o An3lo foi vítima da "má pontaria"!!!!

Para breve a crónica domingueira.
Não querendo relatar mais um periplo domingueiro dos Tapa Furos, por terras de Arcos de Valdevez, até porque isso fica para a cronica (que diga-se, promete) queria lançar um desafio a todos os amantes do BTT.

Dois dos nossos elementos decidiram neste domingo fazer algo de estranho para quem saiu de manhã sob o pretexto de dar uma volta de bicicleta.
















Deixo no ar a questão, e responda quem souber...

Mas que "raio" andam estes dois a fazer?

sábado, 28 de maio de 2011

Amanhã vai ser bonito!?

Amanhã é dia de volta domingueira, e o percurso está já definido; ficou a cargo do nosso rookie Serafim, que logo nos quis presentear com um acumulado de subida de mais de 1500 m!!!!
Ficámos todos a pensar se teria sido boa ideia deixar tal tarefa a tão novo elemento, pouco habituado que está aos nossos modos e princípios.
Foi esta a volta que ele idealizou:



O Paulino, pesando-lhe um bocado a consciência (foi dele a ideia peregrina de deixar o caloiro decidir o trajecto) decidiu pôr mão à obra e trabalhar o percurso, chegando então à seguinte alternativa:




Ou seja, aos 400m de altitude teríamos que escavar um túnel na montanha com cerca de 3Km!!!!!

 
Como diria o Ang3lo, qualquer dia, hã, em vez de tapa furQs, chamavam-nos os "abre buracos"!!
 
Mal por mal, o melhor é voltar à primeira forma, e logo se verá.
O importante é que AMANHÃ HÁ VOLTA DOMINGUEIRA!!
 
Abraços.

quinta-feira, 26 de maio de 2011



CRIME E CASTIGO

Bem relatado nas já famosas crónicas domingueiras (a minha homenagem aos cronistas de serviço Alone Valente e Ang3lo Cardoso), é apanágio dos Tapafuros, uma boa disposição permanente e uma alegria demonstrativa da relação intima entre montadas e montadores (entenda-se, entre gajos de lycras e gigamoqualquercoisa de duas rodas). Esta prerrogativa não poderia faltar, porque está plasmada no Artigo 567.º e meio, da Sec.º 34-XPTO dos Estatutos, pelos quais o grupo se rege e que serão um dia passados a papel, coisa ainda não feita, mas que não passa de uma mera formalidade processual.

Com isto quero eu dizer, que reina a alegria mas não a bagunça e a anarquia. Prova disso foi o episódio, ocorrido na volta de domingo e que por mero esquecimento não foi mencionada na crónica já disponível, o qual foi prontamente punido, ao jeito de julgamento sumario de decisão rápida, e que acredito, será exemplo para as instancias judiciais deste País, na resolução das muitas pendências existentes.

Manda o artigo 876.º e um quarto na sec.º das obrigações e afins, dos estatutos futuros já existentes do clube, que, a vontade dos gajos de lycras se sobrepõe sempre à vontade das gigasqualquercoisa de duas rodas. Então não é que algumas das ditas gigaqualquercoisa, decidem por mote próprio, impor numa subida um ritmo próprio de descida?!!!

Ainda por cima a tal subida era daquelas em que os elementos do grupo estão autorizados a usar um vocabulário vernáculo, onde o colega Agostinho utilizando essa benesse, usa constantemente frases do tipo”... Que maçada, esta subida tem realmente uma inclinação um pouco íngreme, propicia a um esforço físico de maior intensidade...”

Para cumulo do desrespeito pelo citado diploma legal, as gigaqualquercoisa, finda a subida descansavam encostadas a uma sombra, do esforço despendido, aguardando a chegada dos restantes elementos do grupo e respectivas montadas... Quase que apetecia perguntar “não querem uma lubrificaçãozita fresquinha?

Num acesso de fúria inusitada, mas muito oportuna e prontamente apoiada pelos elementos cumpridores, coube ao Zé Duarte o papel de juiz e carrasco, destroçando o descanso das prevaricadoras, obrigando-as a rastejar e a “comer o pó da terra”, servindo de exemplo para futuras acções semelhantes... Haja decoro, este grupo tem regras e princípios...

Quanto aos respectivos donos, não houve qualquer punição, uma vez que acreditamos na sua inocência e argumentos apresentados de que foram levados sem qualquer responsabilidade, factos este corroborados pelas caras de esforço apresentadas, resultante da luta travada com as meliantes de duas rodas. (pessoalmente tenho algumas duvidas em relação aos colegas Steve e Agostinho).

Fica aqui documentada através da foto da execução da sentença, de que os Tapa furos não brincam em serviço, apenas se divertem com o serviço.



terça-feira, 24 de maio de 2011

Mais uma crónica Domingueira – Oural 22/05/2011

A meteorologia previa céu limpo ou pouco nublado e tempo quente. Logo à partida estavam reunidas as condições para uma passeata à maneira. Na folha de comparências falta a vermelho para o Paulino, Serafim e o Pedro que, por motivos que terão de ser discutidos em assembleia-geral (com coimas que vão de 2 a 5 minis), os impossibilitaram de alinhar na grelha de partida.
O Steven juntou-se novamente ao nosso grupo, e vai daí, desde que começamos a pedalar só lhe vimos as costas (assim que abrir a época da caça à lebre o tipo está tramado!)

Tudo preparado


A ementa para o passeio era o Oural, um bonito local na freguesia de Codeceira, concelho de Vila Verde, na fronteira com a Boalhosa – Ponte de Lima, onde estivemos a semana passada.
Animadamente o pelotão levantou voo, e claro, passados 50 metros tivemos de ir ao café, que isto de andar pela manhã cedo cansa muito.

A cafeína...movidos a ela!

De cafeína atestada seguimos em direcção a Nogueira, com passagem por S. Martinho de Crasto, Boivães e Grovelas, sempre por alcatrão até porque as pernas precisam de aquecer.
Na estreia do sapatinho de cleats (nome sofisticado para aquela gingamoichinhas que prende o pé ao pedal da bike e que proporciona momentos hilariantes para os ciclistas que não o próprio) do Ang3lo, estes quilómetros iniciais em terreno pouco acidentado foram essenciais para a adaptação à coisa, nomeadamente com 3465 encaixes/desencaixes para o subconsciente se adaptar ao negócio.

Mais um "pedal de encaixe", para não fazermos publicidade à Shimano

Com o Steven a chegar quando ainda íamos a meio (um bocado exagerado já que o rapaz parava quando via as pedras atiradas pelos restantes a cair à sua volta!), o primeiro percalço do dia – furo no pneu da frente do Filipe.
Gel é no cabelo - dizia ele – mas o que é certo é que a coisa ajuda nestes furos lentos ( se fosse na roda do Agostinho por Ex. o furo era rápido porque ele não anda devagar – foi a explicação que deram na loja! :P).

Filipe destemido a dominar a serpente

Depois de lutar com a câmara-de-ar que rabeava, o Zé e o Ang3lo lá ajudaram a pôr o Filipe novamente a andar.
A subida foi longa mas compensadora, e finalmente atingimos o objectivo.

Depois daqueles montes acaba o mundo!
Depois de meia dúzia de fotos onde tivemos a oportunidade de fazer as habituais figuras tristes (vide fotos), lançamo-nos à descida, já do lado de Ponte de Lima, em direcção a Armada.

No marco (geodésico)
A torre parece daquelas dos filmes do Vietname! - comentou alguém

Palavra amiga para o “Café Armada” que permitiu o reabastecimento de água ao pessoal.

Hora de reabastecimento

Os trilhos eram já conhecidos mas sempre agradáveis de descer. Fica o convite aos ciclistas que apreciarem as paisagens, já que sem GPS ou qualquer tipo de ajuda podem fazê-los, uma vez que o grupo amigo de BTT de Bravães teve a brilhante ideia (e trabalho árduo) de os marcarem com sinalização permanente com placas de madeira – basta andar atentos. Já agora um repto: Srs. vândalos! Por favor não destruam as placas só porque lhes apetece!

Logo ao inicio da descida, nota de reportagem para o beija chão do companheiro Isá que, só porque sim, repito, só porque sim, decidiu acompanhar de muito perto um carreiro de formigas trabalhadoras que atravessavam o caminho (mais informações aqui).

Pimba!
Fotos tiradas para a posteridade, prosseguimos de sorriso na cara demonstrando o que nos ia na alma: satisfação plena pelos trilhos BRUTAIS!

Na floresta habitam seres estranhos!

Quase a chegarmos a Bravães, o pior episódio da história deste Domingo: o fantasma do dropout voltou a atacar!
Novamente o Isá como protagonista, o elemento fica apeado por causa do gingamoichinos estilhaçado.

"#&"|$ do dropout partido
Provavelmente, dizemos nós, a perturbação de tal incidente bateu à porta errada, já que o Isá demonstrou o seu omnipresente positivismo e decididamente assumiu o caminho isolado do resto da pandilha, via estrada nacional, fazendo os 4 km até à base em ritmo acelerado (o tipo não tardou a chegar a casa!) revelando elevado sentido de grupo e de sacrifício: podia estar ferido mas nunca derrotado – Os nossos parabéns Isá! :)

E assim foram as desventuras deste fim-de-semana sobre rodas e sobre pés!

Passeio bonito, muito gratificante e que mais uma vez justificou o porquê de levantar cedo num dia de descanso, e de andarmos de lycras a fazer figuras umas figuras, como dizer, assim vá, digamos, tristes!
Na floresta

A caminho do cume

O pelotão de TapafuQs

O resto das fotos AQUI.

Abraços