segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A IV Castanhada e os tapa furQs

Antes de mais as minhas (nossas) desculpas pela demora em escrever estas linhas, em jeito de rescaldo ou crónica, sobre a participação do tapa furQs BTT Clube na IV Castanhada, mas a verdade é que até ontem as minhas mãos não paravam de tremer, depois daquela descida de mais de 4Km desde a Branda de Berzavó (a mais de 900m de altitude) até Carralcova!!!
Assim a escrita não poderia sair direita!

Dada que está a explicação sobre a demora, vamos então à:
CASTANHADA (a receita)
A castanhada é de fácil execução e é preciso uma hora para a sua realização.
Depois de levar a cozer as castanhas prepara-se a calda que se obtem fervendo o açucar com água e uma vagem de baunhilha, até obter um ponto de pasta. Retira-se então a pele às castanhas que serão reduzidas a puré e juntas à calda, deixando ferver até formar ponto de estrada. Entretanto, com o restante açucar, prepara-se uma calda em ponto de espadana. Introduz-se as castanhas em boiões e cobrem-se com a calda arrefecida, deixando secar tapadas com papel vegetal ou celofane.

Como vêem é muito facil, assim descubram o que é o ponto de espadana!!!!

Adiante, que atrás vem gente: (direita!... direita!...; esquerda!... esquerda!...).

CASTANHADA (a crónica)
O dia começava com o Agostinho a ligar-me, a saber de uma câmara de "válvula fina" com gel!
-Então e o tubless? retorqui! -Perde ar junto à válvula! respondeu. -Ah!
Chegados ao local do encontro, junto ao estádio, logo houve que meter mão há obra, pois como já vem sendo hábito, não há prova "oficial" que não comece sem que haja um pneu para consertar. Coube as honras ao Agostinho que tinha um tubless que teimava em perder ar e a solução era meter uma câmara.

Há que meter mão à obra...
A boa disposição no entanto reinava: 

E não era caso para menos. A ameaça de chuva não passou disso mesmo e a manhã prometia...
Note-se a preocupação do Ang3lo com a hidratação...
Reparada a roda em menos de nada, era hora de avançarmos para o ponto de partida, mas antes disso o costumeiro cafézinho, na pastelaria Dida, até porque já é nosso hábito partirmos na cauda do pelotão; isso de partir logo à frente é coisa que não nos assiste! Gostamos de fazer a corrida de trás para a frente, porque a nossa cena é "as ultrapassagens"! :)

O Nuno e o Carlos à saída para... levarem uma Castanhada! :)

Mesmo assim arrancámos ainda à frente do "carro vassoura", ao contrário dos 5 Cumes.

Além do mais não ficava bem as nossas "lebres" chegarem na frente, ou não ficassem os "prós"embaraçados.
Aliás o BTT Terras-do-Vez arranjou a solução ideal para que tal não acontecesse. Temendo o despique entre o Agostinho e o Serafim, e que estes no calor da luta se distraíssem e chegassem na frente, convenceram este último a ficar como "carro vassoura", encarregando-o de recolher as fitas marcadoras do percurso e cuidando para que nenhuma ovelha, digo, ciclista, se tresmalhasse e ficasse para trás.
Ideia de génio já que resultou na perfeição, desconhecendo-se no entanto qual o argumento utilizado pelos organizadores para convencer o Serafim a tal missão, ele que tem o pé muito nervoso.

Comigo, nenhum ciclista fica para trás!
Diz quem o acompanhou que esta foi a frase que o Serafim reproduziu incessantemente
durante os cerca de 50 Km da prova. Não parou nem mesmo quando estava a comer um pastel de
nata no reforço, soltando por isso muitas migalhas!
 Da partida ao Paço (de Giela) foi um passo (gostaram do trocadilho?), notando-se desde logo a diferença de andamentos dos tapa furQs e amigos.



Rui 29er, e João Pedro.
-Fujam, vem aí um gajo com rodas grandes!
Seguir-se-iam cerca de 3 Km até Penacova que foram, unanimemente reconhecidos, os menos felizes do percurso, pois a maioria deles foi feito à mão, pela inclinação e também pelo engarrafamento que se gerou, isto apesar da volta de cortesia anteriormente feita para dispersar o pelotão.

Mas isso também é BTT, e dali para a frente foi uma maravilha! O percurso misto de caminhos rurais, geiras e calçadas, difíceis, escoregadios, mas muito desafiantes, emoldurados pela paisagem e pelo ambiente rural, levar-nos-ia até quase ao Mezio onde nos esperava o reforço.

Alone Ranger, à chegada ao Mezio, já só pensava: oxalá haja laranjas!
Depois de um belo reforço (destaco as laranjas  [:)] e os pasteis de nata), arrancámos para a segunda parte da subida. Todos estavam com força para enfrentar o resto do percurso, excepção feita ao Viana e ao Filipe, que enfermavam de algumas limitações físicas naquele dia. De todo modo nenhum deles desistiu, como pôde testemunhar a câmara ao serviço da organização:


Força rapazes, que o final é já ali...ou não!
Uma palavra também para o Mário, que começa a recuperar a forma, aqui à saída do reforço:

Pois é, do Mezio até começar a descer ainda era necessário vencer cerca de 300 metros de altitude, por trilhos com muita pedra e de difícil progressão. Pessoalmente foi a parte mais custosa do percurso, que até já conhecia de outras voltas domingueiras.
O Miguel que estreou neste mesmo percurso a sua ginga, já lá vão uns mesitos.

A subida era coisa que não atrapalharia o Vitor, ele que troca uma subida por duas descidas!!

Chegados à denominada Branda de Berzavó iniciou-se a descida até Carralcova. Haja rins que aguentem tanta pancada durante tantos quilómetros! Bendita a hora em que troquei a hardtail por uma suspensórica (pensava eu com os meus botões) isto ainda antes de saber que ia ficar sem dois subsídios durante não sei quanto tempo! Tudo a bem da nação, já que não faço parte do problema, faço parte da solução... ou não!
Seguiu-se a subida até Vila Boa, e dali foi quase sempre a "dar gás" até à meta, onde mais uma vez os repórteres locais registaram a chegada da malta:

Agostinho, fresco que nem uma alface, perguntando: - Já acabou?!

Steven, sempre nos lugares cimeiros.

O Nuno.
-Nuno, pá! O que achaste da volta?

O Isá ainda gitava: BANZAI!
O Ang3lo, que apenas se queixava de um torcicolo, por ter
carregado a câmara de filmar no lado do capacete.
A. Ranger e João Pedro: chegada triunfal!
Filipe (l'anonime), completamente relax.
E claro está o Serafim.
Comigo SÓ UM ciclista fica para trás! Ou será, Comigo, só eu não fico para trás!
Não! Comigo...bolas, já não sei!
Ó Nuno do Vez, como é a frase?! Comigo...
Dali aos banhos, que a fome já aperta e é altura do debriefing.
Como também já é habitual, não costumamos ficar para o almoço, pois é nossa tradição comer uma francesinha no final das provas. Não levem a mal os amigos do BTT Terras-do-Vez, mas a tradição assim o ordena.
Em todo o caso diz quem foi que o almoço estava à maneira, e por isso a IV Castanhada mais uma vez um sucesso.
EM RESUMO:
Um belo dia, paisagens e trilhos fantásticos, dureza q.b. como convém num passeio de BTT, marcações sem reparo, reforço à altura e a simpatia e companheirismo.
Uma palavra de apreço a todos os participantes, que se pautaram pelo respeito e entreajuda, tanto quanto nos foi possível observar.
Parabéns por isso ao BTT Terras-do-Vez. Fica já combinada a V Castanhada!

Fotos finais do debriefing:



Saúde a todos os participantes!
Até ao ano.
A. Ranger

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Castanhada 2011


Para já, o vídeo com algumas imagens da nossa participação na 4ª edição da Castanhada em Arcos de Valdevez.
Belo passeio em que os TapafurQs tiveram o prazer de marcar presença.
Parabéns à organização!


Saudações Tapafurísticas

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A preparação, as surpresas e a missão secreta.

Não havia dúvidas para a protecção civil: alerta amarelo para o Domingo 13 de Novembro de 2011…esperem a situação passou a laranja no distrito…não não! Amarelo! Agora sim é amarelo…está a ficar torrado…mais um pouco…aí está laranja! Alerta Laranja para Domingo…algo pálido…se calharAmarelou! Amarelou e está esbatido. Conclusão:
A previsão era de chuva para a manhã de Domingo na zona de Ponte da Barca, local para mais uma reunião dos Tapafuros.
A falta de luz na foto não é da maquina, é mesmo ausência de luz natural!!! 7:30 da manhã devem estar a brincar!!!

A dita não apareceu enquanto os elementos iam chegando ao ponto de encontro, á hora combinada.
O escuro do céu cinzento não demovia os sorridentes membros que se iam cumprimentando enquanto picavam o ponto.
Uma das primeiras, corrigindo, duas das primeiras surpresas do dia sairiam do mesmo carro. Os nossos amigos Viana e Agostinho revelariam ao grupo as suas novas montadas, a saber: uma bela KTM Taser e uma Merida 96.
Primeira nota para a ascensão das suspensões totais no seio dos tapafuros: os suspensórios estão em grande, mas também é um facto de somos um grupo de velhotes que já fazem barulhos, quando se levantam da cama ou do sofá, como eheeeeh! e uuurrrgh!. Logo há que dar menos porrada na coluna e salvaguardar o esqueleto.
A habitual brincadeira com o nome do fabricante (engraçada por sinal!) que não tira o brilho à fantástica bike nova do Agostinho.
Esta bicicleta é tão linda que até mete impressão! Parabéns Viana :)

Segunda nota para a significativa melhoria de performance dos ditos cujos, que mais destemidamente se atiraram ás subidas e principalmente às descidas, fruto da maior suavidade que as biclas proporcionam. Ou então estavam-se a armar!
Foi também com enorme felicidade que se juntou a nós o recuperado Vitor, que depois da ultima visita a Ponte da Barca onde sofreu uma violenta queda, exorcizou assim os trilhos Barquenses e a própria bicicleta. Bem vindo Vitor!
Preparado e restabelecido! Grande Vitor!

Com a habitual confusão o grupo foi aumentando, até que, para agradável surpresa nossa, surgem 5 elementos do grupo de BTT de Bravães. Ora aqui está uma situação que muito nos agradou já que nunca tínhamos andado com eles, e ainda por cima, uma estreia em terras Barquenses.
Outra particularidade deste grupo é que tem nas suas fileiras uma ciclista, de seu nome Patrícia, muito simpática e que faz ver a todos nós que andar de bicicleta não é só ter boas máquinas e lycras berrantes.
Apresentações feitas e animados para ao passeio, surge um problema técnico que impede o Miguel e a sua renovada Cube de alinhar connosco. Um problema no travão, mais concretamente uma fuga de óleo detectada pelo Mário, também conhecido por pai do Steven, arrumou os pedais ao companheiro da Cube. Ora bolas!
O Mário sentencia o desfecho da volta para o Miguel, antes de partir! Foi azar companheiro.

Entretanto chega a chuva cuja precipitação precipitou a partida (ficou bonito não ficou?), e fez com que não houvesse o costumeiro momento cafeína, do qual alguns membros nunca chegaram propriamente a recompor-se.

Estávamos em preparação para a Castanhada do dia 20, e por isso impunha-se uma subidinha para fortalecimento das pernas.
Ala que nos vamos diriam nuestros hermanos, muito embora o Filipe Araujo não estivesse presente para o confirmar. O destino seria o Livramento.

Ina outra vez? – Dirão alguns!
E vocês com isso? – Diremos nós.

A explicação é simples, os 700 metros de desnível que proporciona a subida ao alto de Ventuselo é, de facto, um excelente treino, e se aliarmos a isso novos trilhos em terra sempre a subir: temos treino!
Para quem lê isto poderá até pensar numa equipa oficial, em pelotão compacto, a arfarem como malucos monte acima debaixo de chuva, em preparação para as Olimpíadas – nada disso, fazemos as coisas mas, como diria o outro? Com tranquilidade!

A caminho do cume, pausa para o falatório e para o reagrupamento.

Com o Steven, e suas hormonas aos saltos na cabeça do grupo, seguimos até Santa Rita onde fizemos primeira paragem para reagrupamento.
Pouco depois, um telefonema mais urgente para o nosso amigo Fernando (o jovem da Specialized monobraço) fez com que tivéssemos uma outra paragem mais prolongada, já que depois de duas ou três viragens em ruelas num lugar de Vila Nova de Muía fez com que perdesse o rasto dos restantes. Em recuperação (ao estilo SAR) do elemento perdido os Angelos (o próprio e o Miguel Angelo dos BTT Bravães) voltaram atrás até encontrar o Fernando e o João Pedro que tinha aproveitado a paragem do colega para degustar mais 3 bolachas e se viu também na condição de LOST!
Reunido o rebanho, enveredamos por estradões montanhosos rumo ao infinito…ou não.
Mais uma pausa Kit Gato


Foi numa das breves paragens para escolha do estradão seguinte, que o Valente apreciando a paisagem e observando mais atentamente o grupo me perguntou:
- EI ! Onde é que está o Serry?


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Agente Serrafim AKA Agente SG AKA Agente Serry!

Por um trilho em Cabana Maior, em Arcos de Valdevez o agente S infiltrara-se num grupo de lycrosos que malvadamente riam com o facto de todos os caminhos, percorridos até então, serem de dificuldade extrema e inclinação acentuadíssima (maior grau de grandeza do que acentuada).
Alguém exclamou:

- AAAhh! Serryorrrrintorrrrinco! Põe mais umas fitas nesse trrrrilho ingrrrreme pois vamos irrrr porrr aí mesmo! Estou a verrrrificarrrr o meu INCLINITATORRRR e temos que subirrr mais! A Castanhada vai ficarrr na memorrrria de todos ou melhorrrrr nas perrrrnas de todos. MUAHAHAHAHA!
Quem seria o "gizador do mal" de tão duro trajecto?
 
Com um truque de Karaté e uma chíncula (esta expressão é bestial!), o agente Serry colocou mais uma fita num trilho impossível.

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Os tapafurQs e amigos, chegavam ao ponto mais alto da volta, ainda foi discutida a hipótese de subir ao alto do Livramento, mas a roupa molhada e o vento desanimou a tropa. Era hora da diversão, ou seja, vamos descer!!!
Tapa Furos & friends

Não é uma questão de bairrismo, mas que aquela zona é bonita para se ciclar lá isso é!
Trilhos e caminhos abaixo e lá vamos nós agarrados aos travões e sorriso palerma na cara.
Após 25 Km e 1200 m de acumulado (bolas para não dizer pior…!) chegamos ao ponto de partida e verificadas as cebolas dos participantes que usam relógio enquanto andam de bicicleta, constatamos serem apenas 11:15 da manhã.
Ora para além de dar ao pedal gostamos muito de dar …à treta!
Toca a fazer debriefing no café Ermida. Não tardou a que a simpática D. Ana nos servisse uns jarros contendo uma substância que não é possível de identificar mas, ao que parece, leva uvas pisadas!
Nuno em grande estilo, técnica irrepreensível. A dona Ana a pensar na contratação do rapaz (mas sem as lycras que espanta a clientela)

O contentamento era geral, mas em especial três TapafurQs sorriam de orelha a orelha: O Viana e o Agostinho aprovaram as suas novas montadas e começaram a sentir o que é ser "suspensório", por outro lado o Vitor tinha terminado a sua luta interior com uma vitoria, depois de uma queda (e das feias é ainda pior) o regresso ao selim pode ser difícil, mas para o nosso companheiro esse obstáculo foi vencido. Boa!
Duas belas bicicletas e os seus donos (a foto ficaria melhor sem eles)
Um brinde ao regresso do Vitor e aos amigos do BTT Bravães!

Debriefing efectuado e despedidas feitas aos amigos do BTT Bravães, rumamos a casa para mais uma semana de trabalho com o pensamento: Nunca mais é Domingo!


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Segunda-feira 14 de Novembro de 2011, 3:28 da manhã.


O computador assinala a chegada de mais uma mensagem confidencial.
- Consegui infiltrar-me na organização de Arcos de Valdevez, de cognome Terras do Vez, e verifiquei in loco os trilhos escolhidos para a Castanhada.
Já tomei um banho de imersão e passei bálsamo nas pernas para ver se me livro do cansaço mas fora isso foi bestial! Preparemo-nos para um domingo bem passado de BTT junto dos amigos dos Terras do Vez: grande empenho e dedicação na preparação do que prevejo ser uma grande prova.
Agora preciso de dormir…* … estou muito cansado… * … RRRRRRRRR!
Agente SG 


A mensagem secreta foi apagada e um email foi redigido rapidamente e enviado ao grupo:


Companheiros, para Domingo muita diversão e subidas ao picos da Europa... estamos f... lixados!

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Fiquem bem e até à Castanhada!


Abraços

Ang3lo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

MISSÃO 4 A.B.A.D.E.S

AVISO

Os factos e as personagens a seguir descritos SÃO REAIS.
Qualquer semelhança com ficção é pura coincidência!
*
Sábado, 6 de Novembro de 2011, parte da manhã.
O agente S.G. recebe nova mensagem no correio privado: “O recrutamento foi um sucesso. Necessário levar planos para operação 4 - A.B.A.D.E.S.”
Agente S.G. sai apressado do consultório, e à pergunta “Sr. Dr.! E a consulta das 11:30?” responde em tom grave: “Diga que tive de acudir a uma urgência! Um molar “sisudo”!!!”
Entra apressadamente no carro e dirige-se a toda a velocidade em direcção a terras limianas…
Domingo, 01:40 da manhã:
Alone Ranger finalmente recebe mensagem do Agostinho: “Desculpa o atraso! Ass. Agostinho Sousa.
Em anexo vinha track para volta domingueira com o título 4Abades.
Alone Ranger gravou o track no GPS e foi dormir.

7:30 da manhã de domingo. Manhã fria mas sem chuva.
Alone e Agostinho são os primeiros, mas é natural pois são eles os anfitriões já que esta volta terá início em Ponte de Lima.
Aos poucos a malta começa a aparecer, primeiro o Miguel, logo o Nuno Barreto e os amigos Nuno e Filipe (que trazem um convidado, o Sr. Fernando). Aparece também o Mário, que alinha pela segunda vez, o Filipe Araújo e o João. Ang3lo e Isá também chegam e o Steven responde também à chamada. Enquanto isso Alone recebe uma mensagem dos irmãos Galvão (Serafim e António): "Chego às 7:45 horas. Até já."
João, Mário, Miguel e Agostinho.
O João olha para a barriga e pensa: "Ah, tão vazia! Preciso de bolachas!", enquanto
o Agostinho, com olhar longínquo, sorria não se sabe bem do quê ou porquê!
O Sr. Fernando. Aparentando ser o mais velho do grupo, logo se percebeu
que não teria mais que 25 anos, a julgar pela forma como pedalava.
Enquanto tapa as orelhas, Ang3lo pergunta onde é a volta ao que o Alone responde até à MESA DOS 4 ABADES. E isso sobe muito, indaga o Angelo, ao que o Alone responde que acha que não, mas quem sabe é o Agostinho, pois foi ele quem definiu o percurso.
Espero que não tenha de subir muito! Ainda não recuperei da última!
O Ang3lo não era o único com frio nas orelhas.
O António, versão TALIBÃ, perante o olhar atónito do próprio irmão!
Embuidos do espírito tapafureiro, o que quer que isso signifique, e após a costumeira pausa para o café, iniciámos o percurso em direcção a Vilar do Monte, primeiro  pelos trilhos do Caminho de Santiago.
Depressa o frio passou, pois as subidas logo apareceram, e não eram nada mansas, cedo começando a fazer mossa.
A primeira paragem, pois um dos companheiros tinha ficado para trás.
O nosso amigo Mário, ainda não recuperado de uma grande constipação ou gripe, estava com dificuldades respiratórias e logo em acompanhar o grupo, que desde cedo imprimia um ritmo forte. Até o motor electrico da Taser do Alone tardava em aquecer, devido ao frio!
Retomando a marcha, o mote era subir, mas as dificuldades do Mário teimavam em persistir, e este, para tristeza dos companheiros, decidiu desistir!
O Alone ainda tentou animá-lo, mas de facto as subidas ainda mal tinham começado, e a verdade é que naquelas circunstâncias era o mais sensato. Regressou então o Mário, que logo deu notícias quando chegou ao carro.
Já não tenho frio nenhum, dizia o Miguel!
Porque é que eu não fui com o Mário!?
Dava a desculpa que era para o acompanhar e ninguém desconfiava!
Começava a malta a pensar que afinal a prometida volta descontraída em Ponte de Lima não seria tão "descontraída" como isso, quando uma ameaça de furo na bicicleta do Steven foi pretexto para uma pausa na pedalada.
Não passou de uma ameaça; após umas bombadas com PSI's e BARE's à mistura
e a coisa resolveu-se.
A ameça do milhafre não passou disso mesmo! Nesta volta não houve furos (o Alone nem queria acreditar) nem quedas (mas também é verdade que o Viana meteu folga).
O enquadramento em tons Outonais fazia esquecer um pouco que a subida não acabava mais, mas muitos já se perguntavam onde raio é que os abades tinham posto a mesa!? No céu, não!?!
Na frente, os irmãos Galvão e as anoréticas, juntamente com o Agostinho, apenas tinham a sombra do Sr. Fernando, habituado a ciclar nos Alpes.
O resto da cambada lutava contra a força da gravidade da melhor maneira possível. Felizmente o motor da Taser do Alone ia dando para o gasto.
Alone bem olhava para o GPS, temendo já ter passado pela bendita mesa, mas o facto é que alguns quilómetros mais os separavam do local de destino! E que quilómetros!
No entanto as pendentes mais agrestes foram vencidas e por fim chegámos a tão afamado local, ponto de confluência de quatro freguesias limianas, Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. Para além de disfrutarmos do local, retemperamos as forças com as habituais "iguarias" que normalmente levamos (falamos claro está das bananas e barras).O Ang3lo levou também a bebida oficial (Favaios) e uma outra surpresa, para além da já habitual "banana made in NASA".

Bolachas Ruca e mini-bolachas Maria.
O João não cabia em si de contente!!!
 Porque o local assim o determinava, foram tiradas as fotos dos abades à mesa, arrogando-se o Alone de ser o único com barriga digna desse nome!



Ok, os dois "ABADES" da frente são repetidos, mas a mesa está posta para quatro.
Aproveitaram-se os momentos restantes para algum convívio, e o Nuno Barreto tirou uns minutos para dizer o que estava a ACHAR DA VOLTA (opinião que oportunamente será disponibilizada), e ala que se faz tarde!

Belíssimo local. Recomenda-se a visita.
 A promessa agora era DESCER e o Isá já salivava, ansiando por baixar o selim da bicicleta e gritar "BANZAI" rolando pelos montes abaixo como se atrás dele viesse o Ministro das Finanças ameaçando levar-lhe, talvez, o subsídio de alimentação, à falta de outro!!
Puro engano!
Após algumas centenas de metros, Alone dava indicação que o percurso era para baixo, mas... onde estava o trilho?? Todos olhavam para o Agostinho, que dizia: "É já ali, é so seguir o GPS!"

O trilho??
O trilho??
O trilho??
Ah... o trilho.
 Sol de pouca dura, pois metros à frente eis o panorama que se nos depara:

Ainda descemos alguns metros em cima delas, mas às tantas...
...só mesmo com elas às costas...
Curiosamente, ou talvez não, os "anoréticos" passaram este obstáculo com tamanha facilidade, que até metia inveja!
Alone ainda tentou convencer o Serafim que aquela seria uma boa altura para experimentar a sua bicicleta, mas sem sucesso!!

Penosamente, um a um fomos chegando até junto de uma pequena represa, cansados de carregar "ferro", enquanto o Agostinho dizia algo como "Na net até parecia que dava para circular de bicicleta..."! Onde é que já ouvi isto!! Ali foi tirada a foto de grupo, acto obrigatório em todas as voltas domingueiras.

Apesar do cansaço, foi possível posar dignamente para a foto.
Alguns no entanto sorriam duma forma talvez exagerada para a ocasião!!
Retoma-se a viagem, agora já fora do percurso "gizado" no Google, e após uma rápida descida que nos levou até junto da Capela de S. Silvestre, na freguesia de Bárrio, seguimos de imediato pela E.N. 306 até Ponte de Lima, face ao adiantado da hora.

Tempo ainda para mais uma foto, onde a produção levou a cabo a  interrupção do trânsito na Ponte Medieval, para o efeito.

Além dos tapa furQs e amigos, avista-se também o filho do Pinto da Costa,
que tomou o lugar do João, já que as mini-bolachas Maria não foram suficientes
para aguentar até final do percurso, rumando mais cedo para casa.
A estirada tinha sido longa, os músculos estavam tensos, e havia pois que proceder aos devidos alongamentos, como mandam as boas normas do atleta avisado, pelo que de imediato seguimos para o Telhadinhos - que melhor local para os alongamentos?

 Uma boa surpresa nos esperava:

O Zé Duarte, que tem estado arredado das "competições", ele que foi submetido a
intervenção cirúrgica no meio das pernas.
Felizmente a operação aos joelhos correu bem, e agora a fisioterapia e o tempo farão
o resto. Esperamos tê-lo em breve na nossa companhia. 
Faltava então a etapa final, a qual foi cumprida com galhardia.

Até de olhos fechados!!!!, dizia o Alone, especialista nesta vertente específica do BTT,
enquanto distribuia jogo.
Exaustos, mas cientes do dever cumprido, demos por finda a jornada domingueira.

Um último olhar para o "vasilhame" utilizado na última etapa....ou não!! :)

..........

Domingo, 22:30.
O sinal no computador do agente S.G. anunciava a chegada de nova mensagem.
Após cumprir todas as normas de segurança, e proceder à desencriptação, agente S.G. sorri.
No ecran podia ler-se: Operação 4–A.B.A.D.E.S. cumprida com distinção.
Recrutamento de aquele-cujo-nome-não-podemos-pronunciar foi a chave para o sucesso. Já procedi à transferência de M.E.R.I.D.A..
Ass. Agente A.G.
....
Agente S.G., antes de fechar o dossier que tinha em cima da mesa, coloca uma cruz à frente de uma rubrica intitulada M.E.R.I.D.A. -Montante Estipulado para Recrutas, Devido pelos Anoréticos.
De seguida agente S.G. fecha o dossier, que será arquivado:

...
A. Ranger