segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A IV Castanhada e os tapa furQs

Antes de mais as minhas (nossas) desculpas pela demora em escrever estas linhas, em jeito de rescaldo ou crónica, sobre a participação do tapa furQs BTT Clube na IV Castanhada, mas a verdade é que até ontem as minhas mãos não paravam de tremer, depois daquela descida de mais de 4Km desde a Branda de Berzavó (a mais de 900m de altitude) até Carralcova!!!
Assim a escrita não poderia sair direita!

Dada que está a explicação sobre a demora, vamos então à:
CASTANHADA (a receita)
A castanhada é de fácil execução e é preciso uma hora para a sua realização.
Depois de levar a cozer as castanhas prepara-se a calda que se obtem fervendo o açucar com água e uma vagem de baunhilha, até obter um ponto de pasta. Retira-se então a pele às castanhas que serão reduzidas a puré e juntas à calda, deixando ferver até formar ponto de estrada. Entretanto, com o restante açucar, prepara-se uma calda em ponto de espadana. Introduz-se as castanhas em boiões e cobrem-se com a calda arrefecida, deixando secar tapadas com papel vegetal ou celofane.

Como vêem é muito facil, assim descubram o que é o ponto de espadana!!!!

Adiante, que atrás vem gente: (direita!... direita!...; esquerda!... esquerda!...).

CASTANHADA (a crónica)
O dia começava com o Agostinho a ligar-me, a saber de uma câmara de "válvula fina" com gel!
-Então e o tubless? retorqui! -Perde ar junto à válvula! respondeu. -Ah!
Chegados ao local do encontro, junto ao estádio, logo houve que meter mão há obra, pois como já vem sendo hábito, não há prova "oficial" que não comece sem que haja um pneu para consertar. Coube as honras ao Agostinho que tinha um tubless que teimava em perder ar e a solução era meter uma câmara.

Há que meter mão à obra...
A boa disposição no entanto reinava: 

E não era caso para menos. A ameaça de chuva não passou disso mesmo e a manhã prometia...
Note-se a preocupação do Ang3lo com a hidratação...
Reparada a roda em menos de nada, era hora de avançarmos para o ponto de partida, mas antes disso o costumeiro cafézinho, na pastelaria Dida, até porque já é nosso hábito partirmos na cauda do pelotão; isso de partir logo à frente é coisa que não nos assiste! Gostamos de fazer a corrida de trás para a frente, porque a nossa cena é "as ultrapassagens"! :)

O Nuno e o Carlos à saída para... levarem uma Castanhada! :)

Mesmo assim arrancámos ainda à frente do "carro vassoura", ao contrário dos 5 Cumes.

Além do mais não ficava bem as nossas "lebres" chegarem na frente, ou não ficassem os "prós"embaraçados.
Aliás o BTT Terras-do-Vez arranjou a solução ideal para que tal não acontecesse. Temendo o despique entre o Agostinho e o Serafim, e que estes no calor da luta se distraíssem e chegassem na frente, convenceram este último a ficar como "carro vassoura", encarregando-o de recolher as fitas marcadoras do percurso e cuidando para que nenhuma ovelha, digo, ciclista, se tresmalhasse e ficasse para trás.
Ideia de génio já que resultou na perfeição, desconhecendo-se no entanto qual o argumento utilizado pelos organizadores para convencer o Serafim a tal missão, ele que tem o pé muito nervoso.

Comigo, nenhum ciclista fica para trás!
Diz quem o acompanhou que esta foi a frase que o Serafim reproduziu incessantemente
durante os cerca de 50 Km da prova. Não parou nem mesmo quando estava a comer um pastel de
nata no reforço, soltando por isso muitas migalhas!
 Da partida ao Paço (de Giela) foi um passo (gostaram do trocadilho?), notando-se desde logo a diferença de andamentos dos tapa furQs e amigos.



Rui 29er, e João Pedro.
-Fujam, vem aí um gajo com rodas grandes!
Seguir-se-iam cerca de 3 Km até Penacova que foram, unanimemente reconhecidos, os menos felizes do percurso, pois a maioria deles foi feito à mão, pela inclinação e também pelo engarrafamento que se gerou, isto apesar da volta de cortesia anteriormente feita para dispersar o pelotão.

Mas isso também é BTT, e dali para a frente foi uma maravilha! O percurso misto de caminhos rurais, geiras e calçadas, difíceis, escoregadios, mas muito desafiantes, emoldurados pela paisagem e pelo ambiente rural, levar-nos-ia até quase ao Mezio onde nos esperava o reforço.

Alone Ranger, à chegada ao Mezio, já só pensava: oxalá haja laranjas!
Depois de um belo reforço (destaco as laranjas  [:)] e os pasteis de nata), arrancámos para a segunda parte da subida. Todos estavam com força para enfrentar o resto do percurso, excepção feita ao Viana e ao Filipe, que enfermavam de algumas limitações físicas naquele dia. De todo modo nenhum deles desistiu, como pôde testemunhar a câmara ao serviço da organização:


Força rapazes, que o final é já ali...ou não!
Uma palavra também para o Mário, que começa a recuperar a forma, aqui à saída do reforço:

Pois é, do Mezio até começar a descer ainda era necessário vencer cerca de 300 metros de altitude, por trilhos com muita pedra e de difícil progressão. Pessoalmente foi a parte mais custosa do percurso, que até já conhecia de outras voltas domingueiras.
O Miguel que estreou neste mesmo percurso a sua ginga, já lá vão uns mesitos.

A subida era coisa que não atrapalharia o Vitor, ele que troca uma subida por duas descidas!!

Chegados à denominada Branda de Berzavó iniciou-se a descida até Carralcova. Haja rins que aguentem tanta pancada durante tantos quilómetros! Bendita a hora em que troquei a hardtail por uma suspensórica (pensava eu com os meus botões) isto ainda antes de saber que ia ficar sem dois subsídios durante não sei quanto tempo! Tudo a bem da nação, já que não faço parte do problema, faço parte da solução... ou não!
Seguiu-se a subida até Vila Boa, e dali foi quase sempre a "dar gás" até à meta, onde mais uma vez os repórteres locais registaram a chegada da malta:

Agostinho, fresco que nem uma alface, perguntando: - Já acabou?!

Steven, sempre nos lugares cimeiros.

O Nuno.
-Nuno, pá! O que achaste da volta?

O Isá ainda gitava: BANZAI!
O Ang3lo, que apenas se queixava de um torcicolo, por ter
carregado a câmara de filmar no lado do capacete.
A. Ranger e João Pedro: chegada triunfal!
Filipe (l'anonime), completamente relax.
E claro está o Serafim.
Comigo SÓ UM ciclista fica para trás! Ou será, Comigo, só eu não fico para trás!
Não! Comigo...bolas, já não sei!
Ó Nuno do Vez, como é a frase?! Comigo...
Dali aos banhos, que a fome já aperta e é altura do debriefing.
Como também já é habitual, não costumamos ficar para o almoço, pois é nossa tradição comer uma francesinha no final das provas. Não levem a mal os amigos do BTT Terras-do-Vez, mas a tradição assim o ordena.
Em todo o caso diz quem foi que o almoço estava à maneira, e por isso a IV Castanhada mais uma vez um sucesso.
EM RESUMO:
Um belo dia, paisagens e trilhos fantásticos, dureza q.b. como convém num passeio de BTT, marcações sem reparo, reforço à altura e a simpatia e companheirismo.
Uma palavra de apreço a todos os participantes, que se pautaram pelo respeito e entreajuda, tanto quanto nos foi possível observar.
Parabéns por isso ao BTT Terras-do-Vez. Fica já combinada a V Castanhada!

Fotos finais do debriefing:



Saúde a todos os participantes!
Até ao ano.
A. Ranger

Sem comentários:

Enviar um comentário