Pois é, mais um domingo, mais uma volta, mais uma crónica.
O dia começa de manhãzinha, e o ponto de partida estava definido. A volta teria início nos Arcos de Valdevez, com o rookie Serafim a comandar as tropas.
À partida, logo uma novidade: o Alone bateu os demais ao sprint nos primeiros 50 metros, sendo de longe o primeiro a chegar ao café!
Perguntarão os leitores, e perguntaram também na hora os companheiros, que raio lhe terá dado para começar logo a volta "a abrir"?! Pois bem, a culpa foi dumas danadas dumas cólicas intestinais que, não fora a velocidade com que chegou ao WC, e estamos certos que o Agostinho não lhe daria boleia de volta para casa!
Agostinho com ar brincalhão, logo após ter apagado a luz! |
Níveis de cafeína regularizados, e toca a pedalar, que a volta promete.
Mais uma vez ninguém tomou conta do Paulino; será só café?! |
Até ao infinito, e mais além! |
Tudo ainda muito fresco, com pedalada possante. |
Bom, alguns com pedalada possante, outros nem tanto! |
Obstáculo ultrapassado com naturalidade, ou não fosse ele próprio um obstáculo natural. |
Pois bem, hoje revelamos aqui um segredo, que o não será para alguns, pelo menos para aqueles que mais atentamente seguem estas crónicas, ou seja eu, o Ang3lo, e mais dois ou três.
Dizíamos, hoje revela-se um segredo!
Às vezes as pessoas abeiram-se de nós e perguntam (bem não perguntam, pois têm vergonha) mas no íntimo questionam-se, como conseguem os tapa furQs tamanha performance, vencendo montanhas, desbravando montes e vales, enfrentando as maiores intempéries, domingo após domingo, sem vacilar, sempre com um sorriso nos lábios, capazes das maiores façanhas atléticas?!
A resposta é fácil, alguns menos avisados até já lhe chamaram doping, mas o verdadeiro nome dessa bebida isotónica é: FAVAIOS.
O tapa furQs é desta forma pioneiro no uso deste produto natural, de eficácia comprovada ao nível da hidratação e reposição dos sais minerais essenciais à boa performance ciclística.
Cá está, um brinde à Adega Cooperativa de Favaios, produtora da bebida milagrosa. |
Ficarão alguns ainda admirados, tudo de copo na mão?!, que raio de lojística, a malta foi andar de bicicleta ou fazer pic-nic?! Pois também aqui a explicação é simples: Tudo cabe na mochila do Alone Ranger, o cantil, os copos, as máquinas de filmar e fotografar, o tripé, o telemóvel, o corta vento, as ferramentas, as câmaras de ar, os indispensáveis "tapa furos", o líquido selante, o hidobag, a fruta e as barras energéticas, etc.
Há quem diga que ele até tem um frigorífico lá dentro! É mentira, já teve mas já não tem, e a culpa foi do Ang3lo que uma vez o abriu para ter luz, e esqueceu-se de fechar a porta; um prejuízo!!
A tal mochila... |
A partir daqui os precalços com o material circulante, iriam ditar o rumo dos acontecimentos.
E não, não nos referimos a essa impossibilidade técnica que é conseguir desapertar um pedal, por mais de uma vez, em pleno andamento! Como todos sabem, os pedais das bicicletas foram idealizados para apertarem com o andamento, e não o contrário! O autor de tal façanha foi o caloiro Serafim, e desde já fica o aviso para que o orgão fiscalizador do tapa furQs BTT Clube averigue nas próximas jornadas se não estará ele a exceder-se na dose de Favaios, explicação única que encontramos para tal desiderato.
Pensamos que a imagem é bem elucidativa, e outros membros poderão ser alvo de fiscalização acerca da sobredosagem. |
Não é, Miguel? |
Os problemas a que nos referimos resumem-se ao ataque de reumatismo que achacou a bicla do Filipe. Máquina já com muita estrada (ou monte), mais ajuizada que os ciclistas, quando viu o acumulado de 1500m que nos aguardava, resolveu não colaborar!
Começou com um furo lento, que apesar de uma quantas assopradelas e mais tarde uma dose de líquido selante, resolveu não dar tréguas.
Câmara de ar nº 1! |
Câmara de ar nº 2! |
Estava difícil, as câmaras de ar compradas no chinês na secção das boias e colchões de ar pareciam não querer colaborar, até que o Zé Duarte tomou as rédeas da operação, avançando como credenciais:
- Há mais de trinta anos que encho o pneu!
Zé Duarte, tomando as rédeas da operação. |
Zé Duarte, exibindo o resultado de anos de saber e perícia acumulados! |
O Ang3lo, já que estava de boca aberta, aproveitou para comer uma banana. |
Espantados com tamanha destreza, nenhum de nós conhecia a técnica a que chamaremos de "alheira de porco preto", aproveitamos também para comer qualquer coisa, enquanto o Filipe dizia que tinha já dominado a serpente na volta anterior, não queria agora ter de lutar com a "anaconda"!
Era necessário tomar medidas drásticas, e logo uma equipa de 5 profissionais se juntou para resolver o problema:
Note-se a ausência do Zé Duarte! |
É tempo de pedalar, aproveitar as belas paisagens e tirar uma "fotos":
Via romana. |
O temporal da noite anterior fez das suas e tornou alguns caminhos menos transitáveis. |
Os problemas não tinham acabado, pois a transmissão da bicla do Filipe não estava a colaborar e tornava a jornada mais difícil.
Devido ao tempo gasto nas "assistências técnicas" não havia tempo para passar por Rio de Moinhos, e até porque o Edil daquela freguesia se encontrava ausente, ao que parece em acções de campanha eleitoral, e desta forma não seríamos recebidos como desejável.
Por isso atalhamos caminho, não sem antes pararmos para voltar a apertar o pedal do Serafim!!!!!
Ele há cada fenómeno!!!! |
Desta feita não hove acidentes/quedas, uma vez que foi com o Agostinho (que nunca cai), ficando este registo para a posteridade. |
Atravessam-se pontes.... |
...e até as montanhas se curvam, perante tal determinação! |
No final, tempo ainda para reposição dos líquidos perdidos; o caloiro Serafim soube estar à altura dos pergaminhos tapa furQs e tinha à chegada uma de FAVAIOS bem fresquinha. |
Em baixo, o resumo estatístico da volta:
Abraços tapafurísticos.
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