terça-feira, 21 de junho de 2011

A volta domingueira passa mais uma vez por Santa Luzia

O Domingo já não é o mesmo sem a costumeira volta domingueira, e para os leitores assíduos do nosso blog (todos os três), volta domingueira não é volta, sem a respectiva crónica.

Pois bem, ainda que possa faltar inspiração, a verdade é que esta crónica domingueira não pode desiludir, pelos acontecimentos acontecidos (perdoem-me o pleonasmo) e já habituais, qual marca-de-água das aventuras do tapa furQs.
Senão vejamos: houve um convidado, houve sangria, houve furQs, houve enganos no percurso, muita risota e disparate, e no final o tão imprescindível Favaios.

Vamos então por partes, começando pelos ausentes: Paulino, Pedro e Serafim, por motivos vários.
A volta só não foi perfeita porque eles não estiveram presentes.
Dito isto, avançamos.

O convidado foi o nosso amigo Steven, já conhecido doutras voltas, e que do alto dos seus 15 anos (penso que não me enganei na idade) insiste em relembrar aos "cotas" que... são isso mesmo, "COTAS".


O Steven, à direita do Agostinho, a olhar para "o infinito".
Neste caso "o infinito" tinha dois bracinhos e duas perninhas.
É bonito de ver que, apesar de gerações distintas de atletas,
ainda assim há interesses comuns. 
O tempo estava de feição, uma manhã maravilhosa, e que maneira mais auspiciosa de começar a volta do que a iniciar com.... UM FURO!!!

Sim, um furo! O Filipe, organizador em parceria com  o Zé Duarte desta volta, decidiu em sonhos fazer um último reconhecimento do percurso e furou! Furou e não teve tempo de reparar o furo, pois o despertador tocou e isto já se sabe, nem sempre nos conseguimos lembrar do que sonhámos.

Logo se reuniu uma *plêiade de técnicos (o que desde logo deixa o Zé Duarte de fora), e após rigoroso exame se decidiu que bastavam umas "assopradelas" com a bomba especial do Ang3lo, e tudo se resolveria.

A encher o pneu, TAKE #1
*Grupo ou reunião de homens célebres pelo talento.


Puro engano, como adiante se verá!
 
Bora que se faz tarde, e não demora muito que o Ang3lo não reclame pelo cafézinho!
De Cardielos a Viana foi uma tirada, e a primeira paragem aconteceu no Café Pastelaria D'Ajuda, na Meadela.
 

O Miguel, de guarda à bicla do Filipe, não fosse ter outro furo.
Ao contrário do habitual, para além do cafézinho, fomos mimados com umas "natinhas" à maneira, que de tão apetitosas tiveram um efeito inesperado no Zé Duarte, talvez acometido de hipoglicémia grave!
 

Zé Duarte, qual felino em plena savana, preparando o derradeiro e mortífero ataque.
Só uma escapou com vida!
Próxima paragem: Santa Luzia.
O grupo pedalava a bom ritmo, e logo a seguir vinha o Alone.
Em Santa Luzia, a paisagem belíssima, e tempo para a foto de grupo.
 
 
Aqui devemos uma homenagem ao Sr. Gonçalves, fotógrafo à la minute, que prontamente se ofereceu
para nos tirar a foto que antecede, dispensando assim a montagem do tripé do Alone Ranger.

Um grande bem haja ao Sr. Gonçalves, um dos últimos resistentes de tão nobre arte,
hoje em vias de extinção: a fotografia à la minute.
Primeira etapa cumprida, em força para as eólicas!!
 
Pelo caminho mais uma azelhice, digo, azar, e toca a lesionar uma perna!!
Aconteceu ao Viana, mais uma vez (da última foi com o nosso convidado Moleiro) e começa já a ser habitual: o derramamento de sangue.
Daqui para o futuro, caso se repita, chamaremos a este momento o MOMENTO LUA VERMELHA:

Um grande azar!!!!
Encomenda-se um equipamento vermelho e as meias compradas à posteriori são AZUIS!
Ah, o corte na perna também foi azar!!
Bom, já tivemos furos, sangria, risota e disparate q.b, faltam os enganos.
Convém não esquecer, ou melhor lembrar, que esta volta foi cuidadosamente planeada pela dupla Filipe/Zé Duarte, que no Domingo anterior fizeram um reconhecimento prévio, tal como consta de duas crónicas atrás.
 
Logo, o mais lógico, seria então seguir o percurso planeado, certo? ERRADO, isso não é para o tapa furQs Zé Duarte, que in loco, balbuciou umas palavras que não conseguimos reproduzir integralmente mas cujo teor será qualquer coisa como: - O caminho é por aqui, por isso acho melhor seguir-mos por acolá, que não conheço, mas deve ir dar ao sítio para onde quero ir, e cujo caminho sei que não é por acolá, já que é por aqui!!! Confusos?!, também eu!!
 
Com esta brincadeira,
sobe,
depois desce,
depois volta a subir mas pelo mesmo sítio, só que ainda mais,
e toca a descer,
pelo mesmo sítio, ando so on and so on...
 
Penso que a ideia seria fazer mais quilómetros e juntar metros ao acumulado e, nesse sentido, cumpriu-se o objectivo.
 

Alone Ranger já de boca aberta, mal sabia que tinha ainda de passar pelo mesmo sítio mais duas vezes...
Enganos à parte, e após uma pequena paragem para reabastecimento, voltamos ao "trilho" e eis-nos chegados à Praia Norte, local para....
 

A encher o pneu, TAKE #2
O Alone decide que ali era um bom local para mais uma foto.
Como o Sr. Gonçalves ficou em Santa Luzia e não nos podia valer, logo o Ang3lo partiu em busca de um transeunte que se disponibilizasse para nos tirar a dita foto.
Por sorte passava ali o Sr. Amaro Transeunte da Silva, acompanhado da sua senhora e filho, que sem demora aceitou o nosso pedido.
 
 
Hora de partir, tudo pronto, faltava apenas...

A encher o pneu, TAKE #3
Foi com grande alegria que percorremos o Km seguinte, junto à praia e foz do Lima, após o qual...

A encher o pneu, TAKE #4
Mais uns metros, e hora de parar para reposição de líquidos. O calor apertava e muitos de nós sentíamos já os sintomas da desidratação. Decidimos por uma esplanada junto à praia.
 
E enquanto se espera:

A encher o pneu TAKE #5, desta vez com com mudança de câmara-de-ar.
Mais uma dica tapa furQs:
Sempre que tenham um furo, e principalmente logo no início de uma volta, pensem que talvez seja melhor repará-lo ou mudar a câmara-de-ar, ao invés de passar o tempo a ancher pneus!!!


A presença de tantos atletas juntos não passou despercebida, e uma jovem promotora de um ginásio local acercou-se do grupo, tentando promover a actividade física indoor.

Muito simpáticamente explicámos à nossa promotora que a nossa onda era a natureza e o ar livre, e que a única actividade desportiva indoor que praticávamos era quando bebíamos uns favaios e comiamos uns amendois na casa do Zé Duarte.
Zé Duarte, que ouvia atentamente a promotora com uma postura que demonstrava muito interesse nos benefícios da actividade física dentro de portas.

Antes que possa haver tentativa de censura desta foto, ou que a mesma possa trazer algum género de
mal entendido conjugal, desde já o autor confessa que não foi exactamente como atrás descrito,
sendo que aqui o Zé estava apenas a olhar para a mudança da câmara-de-ar do pneu da bicicleta do Filipe.
Trata-se da chamada liberdade de escrita que muitas vezes contende com o rigor histórico.
Após uma longa espera, que nos levou quase a desistir do pedido, fomos servidos da limonada encomendada. Foi-nos explicado que tal demora se tinha devido à necessária mudança de barril, já que o anterior tinha acabado.

Limonada bem fresquinha. Um bálsamo que nos iria ajudar a percorrer os derradeiros quilómetros.
 
Última etapa até casa do Zé, sem sobressaltos mas com alguns desvios desnecessários (em nosso entender, já que as pernas já pediam descanso) recompensados todavia com um Favaios bem fresquinho e uns amendoins.
Com estes mimos todos já alguém sugeriu que todas as futuras voltas tivessem início e fim na casa do Zé. Um assunto a ser discutido em assembleia geral.
 
Feitas as contas foram mais 50 Km  e 4 horas muito bem passados!

O odómetro do Steven, preciso como um relógio suiço, pura tecnologia alemã.
Tempo para a despedida com os habituais cumprimentos tapa furísticos.
 
Alone Ranger
 


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