terça-feira, 24 de maio de 2011

Mais uma crónica Domingueira – Oural 22/05/2011

A meteorologia previa céu limpo ou pouco nublado e tempo quente. Logo à partida estavam reunidas as condições para uma passeata à maneira. Na folha de comparências falta a vermelho para o Paulino, Serafim e o Pedro que, por motivos que terão de ser discutidos em assembleia-geral (com coimas que vão de 2 a 5 minis), os impossibilitaram de alinhar na grelha de partida.
O Steven juntou-se novamente ao nosso grupo, e vai daí, desde que começamos a pedalar só lhe vimos as costas (assim que abrir a época da caça à lebre o tipo está tramado!)

Tudo preparado


A ementa para o passeio era o Oural, um bonito local na freguesia de Codeceira, concelho de Vila Verde, na fronteira com a Boalhosa – Ponte de Lima, onde estivemos a semana passada.
Animadamente o pelotão levantou voo, e claro, passados 50 metros tivemos de ir ao café, que isto de andar pela manhã cedo cansa muito.

A cafeína...movidos a ela!

De cafeína atestada seguimos em direcção a Nogueira, com passagem por S. Martinho de Crasto, Boivães e Grovelas, sempre por alcatrão até porque as pernas precisam de aquecer.
Na estreia do sapatinho de cleats (nome sofisticado para aquela gingamoichinhas que prende o pé ao pedal da bike e que proporciona momentos hilariantes para os ciclistas que não o próprio) do Ang3lo, estes quilómetros iniciais em terreno pouco acidentado foram essenciais para a adaptação à coisa, nomeadamente com 3465 encaixes/desencaixes para o subconsciente se adaptar ao negócio.

Mais um "pedal de encaixe", para não fazermos publicidade à Shimano

Com o Steven a chegar quando ainda íamos a meio (um bocado exagerado já que o rapaz parava quando via as pedras atiradas pelos restantes a cair à sua volta!), o primeiro percalço do dia – furo no pneu da frente do Filipe.
Gel é no cabelo - dizia ele – mas o que é certo é que a coisa ajuda nestes furos lentos ( se fosse na roda do Agostinho por Ex. o furo era rápido porque ele não anda devagar – foi a explicação que deram na loja! :P).

Filipe destemido a dominar a serpente

Depois de lutar com a câmara-de-ar que rabeava, o Zé e o Ang3lo lá ajudaram a pôr o Filipe novamente a andar.
A subida foi longa mas compensadora, e finalmente atingimos o objectivo.

Depois daqueles montes acaba o mundo!
Depois de meia dúzia de fotos onde tivemos a oportunidade de fazer as habituais figuras tristes (vide fotos), lançamo-nos à descida, já do lado de Ponte de Lima, em direcção a Armada.

No marco (geodésico)
A torre parece daquelas dos filmes do Vietname! - comentou alguém

Palavra amiga para o “Café Armada” que permitiu o reabastecimento de água ao pessoal.

Hora de reabastecimento

Os trilhos eram já conhecidos mas sempre agradáveis de descer. Fica o convite aos ciclistas que apreciarem as paisagens, já que sem GPS ou qualquer tipo de ajuda podem fazê-los, uma vez que o grupo amigo de BTT de Bravães teve a brilhante ideia (e trabalho árduo) de os marcarem com sinalização permanente com placas de madeira – basta andar atentos. Já agora um repto: Srs. vândalos! Por favor não destruam as placas só porque lhes apetece!

Logo ao inicio da descida, nota de reportagem para o beija chão do companheiro Isá que, só porque sim, repito, só porque sim, decidiu acompanhar de muito perto um carreiro de formigas trabalhadoras que atravessavam o caminho (mais informações aqui).

Pimba!
Fotos tiradas para a posteridade, prosseguimos de sorriso na cara demonstrando o que nos ia na alma: satisfação plena pelos trilhos BRUTAIS!

Na floresta habitam seres estranhos!

Quase a chegarmos a Bravães, o pior episódio da história deste Domingo: o fantasma do dropout voltou a atacar!
Novamente o Isá como protagonista, o elemento fica apeado por causa do gingamoichinos estilhaçado.

"#&"|$ do dropout partido
Provavelmente, dizemos nós, a perturbação de tal incidente bateu à porta errada, já que o Isá demonstrou o seu omnipresente positivismo e decididamente assumiu o caminho isolado do resto da pandilha, via estrada nacional, fazendo os 4 km até à base em ritmo acelerado (o tipo não tardou a chegar a casa!) revelando elevado sentido de grupo e de sacrifício: podia estar ferido mas nunca derrotado – Os nossos parabéns Isá! :)

E assim foram as desventuras deste fim-de-semana sobre rodas e sobre pés!

Passeio bonito, muito gratificante e que mais uma vez justificou o porquê de levantar cedo num dia de descanso, e de andarmos de lycras a fazer figuras umas figuras, como dizer, assim vá, digamos, tristes!
Na floresta

A caminho do cume

O pelotão de TapafuQs

O resto das fotos AQUI.

Abraços

1 comentário:

  1. Não posso deixar de fazer um pequeno reparo à brilhante crónica do nosso amigo Âng3lo. Na qualidade de autóctone (não residente, é verdade), e para que conste na epopeia do Tapa FurQs, informo que o fantasma atacou o gingamoichinhos do Isá mesmo em Lavradas, aliás, 90% da descida foi bem pelo interior desta freguesia, com bonitos trilhos, belas paisagens e bons moço(a)s.

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