sábado, 24 de março de 2012

À volta das 8, há volta em Ponte de Lima!

Antes de começar as verter baboseiras, já próprias destas crónicas que pretendem ser um relato das voltas domingueiras, um aparte para o nosso companheiro Agostinho:

Agostinho amigo:
Definição de descidas – declives que podem ser muito ou pouco inclinados e que constituem terreno muito agradável para a pratica de BTT, e são precisamente o contrario de subidas.
Agora que tens a definição, sai do melhor Blog do mundo e vais decorar aquele importante conceito, de maneira a não mais te esquecer. Um conselho: repete a definição um numero suficiente de vezes (1004567964,87 parece-me razoável), sempre seguido do pensamento “não volto a planear percursos diabólicos para os meus colegas”. Vá, agora vais para o teu quarto fazer este trabalho.



18-03-2012 
Quanto à volta, não foge daquilo que já vem sendo hábito...
Seguindo a recomendação do Valente eram oito horas da manhã, e já todo grupo equipado a rigor reunia-se em Terras Limianas. Bem, todo o grupo não! Faltava o Valente... Mas que grande lata a deste menino... marca a volta para horas impróprias e depois baldou-se... parece-me que vai haver penalizarão. Para além do correligionário referido faltaram mais alguns, cujas faltas não incorrem em penalizações por previamente anunciadas e autorizadas.
Por indicação do Valente reunimos às 8h...mas cadê o Valente?

Estava na hora de partir, e eis a primeira dificuldade: convencer o Angelo que a volta não era apenas até ao Telhadinhos. Entre todos lá conseguimos por o homem a pedalar.

(Agostinho a tua tarefa é para agora e não para depois… )

Para minha grande surpresa, o Agostinho conduziu-nos pela ecovia em ritmo suave. Comecei a elogiar o companheirismo do anfitrião, pois pensei que tal percurso foi a pensar na recuperação do meu joelho, ainda demasiado frágil para altas pedaladas. Engano meu, puro engano meu...

Bertiandos, primeira paragem para a cafeína matinal. Como a hora era imprópria para andar de bicicleta o café estava fechado e foi ver o pânico na cara de alguns elementos privados da substancia necessária ao despertar do corpo e da mente.
Bom mas tudo se resolveu, e o momento foi também aproveitado para o mecânico de serviço (Isá) proceder algumas reparações e afinações de ultima hora, pois o Nuno estava com medo de perder peças insubstituíveis na sua ginga.
O café abriu mesmo a horas! Para o mascarado ainda era de noite:"Ei quem apagou as luzes?"

Isá explica a Nuno: "Bem vês, a onda bate no raio e recua..."

Feitas as reparações seguimos mais animados em direcção ao terreno favorito do Tapafuros, a montanha erguia-se diante de nós.
(Agostinho volta para o teu quarto cumprir as tuas obrigações e deixa lá a crónica para outra altura.)
Por esta altura rolavamos por terrenos bem planos de tal forma que eu continuava a elogiar o percurso escolhido e a consideração demonstrada para com os meus parafusos.
Cantando alegremente: Ai hoooo! Ai hooo! Pro monte agora eu vou!!!!

Eis então que surge uma primeira subida daquelas que sempre que se faz uma curva o coração pára de bater tal é o panorama que se eleva diante de nós. Foi bonito de ver o Serafim o António o Agostinho o Steven e mais alguns a subir à mesma velocidade que eu desço. Mas como não queria dar parte de fraco, toca a fazer uma cara alegre e a trepar como gente grande, sempre animado pelos pensamentos que me ocorriam em relação ao Agostinho, o responsável pelo percurso, mas que não vou contar porque este blogue é visitado por senhoras e crianças. Os elogios atrás proferidos foram rapidamente esquecidos e trocados por outras palavras fáceis de imaginar. O problema é que a subida não acabava e eu tive uma noção exacta da solidão que o Valente passava quando começou a pedalar com o grupo. Sozinho e apenas orientado por uns corta-ventos multicolores que seguiam a muita distancia bem perto da linha do horizonte. Mas enfim, antes quebrar que torcer e siga monte acima. (Agostinho … para o quarto já…)
Subia que se fartava! Pufff Pufff - diz o Vitor!

Chegados ao Cerquido via-mos a Capela de Santa Justa e a Sr.ª do Minho já bem perto de nós, e aqui todos nós tememos que o organizador se pusesse com ideias malucas de subir mais um pouco. Através de gestos bem elucidativos tentamos demonstrar o que lhe aconteceria se decidisse subir até ao infinito (a mim parecia-me o infinito…)
Sujeitos a estrangulamento vários: O Nuno(na foto) que achava piada e o Agostinho que marcou a "volta suave"
Disfarçado o pânico que a (quase) todos nos assistia, lá convencemos o homem que era hora de rumar a outras paragens. Cabração em Ponte do Lima foi a rota definida. Peripécias houve muitas.
A paisagem era bonita mas esses tipos ficaram à frente
Miguel a 253Kmh
Reparem no Serafim (de vermelho) a executar uma égua a 187 kmh!!!!!!
Nuno a puxar o Steven (EHEHEHE!)

Descidas por sítios que nem ao diabo lembrava, caminhos que não levavam a lado nenhum e que nos obrigou a retornar, mas que serviram para causar a queda do Filipe, felizmente sem consequências graves para a bike, mas com mais pontos num joelho do que os obtidos pelo Sporting nos últimos quatro jogos, e até porque as pernas curam-se.
O horror... o drama: momento LUA VERMELHA!
Antonio a driblar os 30 eucaliptos que fizeram cair o Filipe!!

Seguiu-se o habitual ataque do milhafre. Desta vez foi o Angelo o escolhido, mas como tínhamos o Isá connosco, o furo foi reparado como se estivéssemos nas box de uma qualquer marca de f1.
11,7 segundos depois de furada e a roda estava no sitio. BRILHANTE!

A parte final foi pois percorrida a ritmo acelerado pois a hora já ia avançada, e não nos permitiu usufruir da bela paisagem das zonas húmidas das lagoas de Bertiandos. Chegados a Ponte do Lima excepcionalmente o grupo tomou uma decisão da qual não nos podemos orgulhar e que certamente manchará o curriculum deste grupo. 
A chegada a Ponte de Lima sem direito a debriefing...tsss tsss não se faz!

Molhados, enlameados alguns (eu principalmente) mais morto que vivo, atrasados para a hora sagrada do almoço em família, dispensamos o indispensável momento do levantamento do copo para um brinde por mais uma, apesar de tudo, excelente volta.

Pronto Agostinho já podes vir ler a crónica.


Mais fotos do passeio de Ponte de Lima AQUI
Abraços Tapafurísticos,
José Duarte
Nunca mais é domingo.

1 comentário:

  1. Caro Zé-Di, antes de mais quero parabenizar-te pela forma como vertes baboseiras :-)
    Depois, sempre que olhava para ti parecia-me que estavas a cantar Ai hoooo! Ai hooo! Pro monte agora eu vou!!!!
    Apesar da chuva e das mimosas foi uma volta muito catita, com mais um parafuso a aparecer no trilho :-)

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