quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Crónica da Crónica Domingueira.

Parece um pleonasmo mas tal como se adivinha do título, esta será a crónica da crónica domingueira.
Isto é, como no domingo passado não pude comparecer à chamada (por motivos de força maior) e o outro cronista de serviço, o Ang3lo, também não, e não sendo possível acompanhar in loco a aventura domingueira, a crónica será feita com base no relato escrito de um dos dois participantes, neste caso o Paulino.

E perguntarão: e porque não ser um dos próprios paticipantes a fazê-lo? Pois por três razões, à boa maneira do Professor Marcelo Rebelo de Sousa:

1) - Porque há dois cronistas oficiais no reino.
2) - Porque a tradição assim o dita.
e por último, e talvez a mais imperativa,
3) - Porque nenhum deles a quis escrever!!!!!

E dirão então: Como executar tal tarefa, não tendo presenciado os acontecimentos? Muito fácil! À boa maneira do Professor José Hermano Saraiva, quando não souber, o relato dos próprios for omisso, ou os factos forem pouco interessantes.... INVENTO!

Vamos então a isto!

Corria o ano da graça de 2011, era o 14º dia do mês de Agosto, mês das grandes monções.
Ao nascer do sol, ou talvez um pouco mais tarde, juntaram-se os dois cavaleiros Paulino, de cognome O Abstémico e Serafim, de cognome, O Tira Dentes.
Isto dos cognomes não tem quem quer, é o povo que os atribui, e é impressionante como tão singelas palavras dizem tanto das pessoas! O povo é sábio!!!

Todos os outros cavaleiros do clã tapa furQs estavam ausentes, por motivos de compromissos sociais (baptizados e casamentos), por estarem a banhos ou em passeio familiar, por motivos profissionais ou até por lesão! Mas basta um tapa furQs para se cumprir a obrigação, e neste caso até eram dois, e dos mais ilustres do reino!

Decidiram de antemão fazer um percurso antes deliniado por outro clã, o BTT Terras do Vez, percurso de elevada dureza! E isto porquê? Porque uma vez que o Alone Ranger não participava, essa Âncora do BTT, tal era possível num razoável espaço de tempo!


Estas eram as paragens destinadas a serem evangelizadas.

Era necessário no entanto resolver uma questão prévia à partida, uma pequena divergência.
Como todos sabem, e se não sabem é porque não leram a última crónica, o Serafim acha que aparece pouco nas fotografias, e desta feita fez-se acompanhar da sua própria máquina fotográfica com um cartão de 4giga; no entanto e usando do próprio relato do Paulino :"as fotos desta vez não foram muitas, pois não parecia muito bem, dois indivíduos de licras andarem a tirar fotos um ao outro..."

Como já puderam perceber os nossos leitores, tal pleito foi ganho pelo Paulino, pois dos dois foi o que mais depressa bebeu o pingo na pastelaria Doce Lima, local escolhido para resolverem a questão!

Socorramo-nos novamente do relato original: "a hora de saída foi a habitual, as 7:30h em ponto lá estávamos nós ritual do café, desta vez na pastelaria doce lima. onde de seguida se iniciou a volta."

Atente-se como num exercício de pura liberdade literária se utilizou a palavra café, quando na verdade todos sabemos que estes cavaleiros são costumeiros consumidores da menos viril beberage denominada "pingo"! 

Este era o objectivo a atingir.
Prossegue o relato original: "um inicio de paralelo/alcatrão mas que rapidamente nos levou para trilhos espectaculares. fossem a subir ou a descer... algumas calçadas em pedra, outros de terra batida, muito muito bons..."

Um início de paralelo e algumas calçadas em pedra...

Ora sabendo nós da capacidade de pedalar que o peso pluma Serafim tem, aliado à sua anorética montada em carbono, capaz até de desapertar um pedal em pleno andamento, em confronto com o não menos capaz Paulino, em grande forma, juntamente com a sua montada da mais pura tecnologia alemã, com pneus de tractor de medida 2.25, fácil é concluir que muitas daquelas pedras e paralelos terão sido arrancados do seu leito.
Tivesse aquele-cujo-nome-não-podemos-pronunciar alinhado também à partida e hoje estariam boa parte daqueles caminhos, em pedra ou paralelo, apenas em terra batida ou macadame!   

A meio da subida houve lugar a paragem para reposição de líquidos e níveis de açucar.
Pela foto verificamos que não se trata de uma daquelas bananas da Nasa que o Ang3lo utiliza
e também estamos em crer que na composição de tal reforço sólido não constaria a cafeína!

Voltando ao original: "só tivemos um pequeno percalço a meio da subida, o milhafre voltou a nos perseguir e fez mesmo das dele, em plena descida atravessou-se a nossa frente, e foi impossível ter evitado uma ligeira queda... uns arranhões e tal, mas nada que impedisse o nosso desígnio..."

Aqui ficámos um bocado perplexos!
Não, não é pelo facto de o milhafre ter abandonado o Zé Duarte e acompanhado os dois cavaleiros!
Ficámos foi sem saber se o percalço, isto é, a queda do Serafim, foi a meio da subida ou em plena descida!

Decidimos por isso fazer mais uma vez um apontamento interactivo dentro da crónica:
Se achar que a queda foi a meio da subida marque 700 205 301;
Se achar que a queda foi em plena descida marque 700 205 302.
Oportunamente divulgaremos a opção vencedora.

No mais folgamos em saber que o infortúnio não trouxe consequências de maior, afinal o Serafim é tão hábil a cair como logo se levantar e, entre duas piscadelas de olho, ficarmos sem saber se caiu ou não, efectivamente.

Diz então o Paulino :"depois da chegada ao posto de vigia, as pernas já pediam o reforço, e fizemos uma pequena pausa para as fotos da praxe e repor os níveis de açúcar e equilibrar os líquidos no corpo..."

Aqui, temos um reparo a fazer! Não fora o facto de a viatura que se encontra em pano de fundo
não ter suportes para as bicicletas e diríamos que os prometidos 50 e muitos quilómetros foram feitos
não a pedalar mas sim ao volante de um Rover 200, que como todos sabem, na versão LAND,
ultrapassa quelquer trilho e obstáculo Todo Terreno!
Fica o benefício da dúvida!!
Cumprida a primeira parte da viagem e depois do Paulino, a custo, tirar uma ou duas fotos, os nossos heróis iniciaram a viagem de regresso, agora a descer.

Cuidado Serafim, que se não caíste a subir, vais cair a seguir!! Fica o aviso!

No original: "a descida aqui é sempre algo inesquecível, e desta vez guiados pelo GPS tivemos a oportunidade de a descer toda, as outras vezes que já a fizemos ficamos sempre a meio, e vale bem a pena descer aquilo tudo..."


Realmente a paisagem aqui é muito bonita.
Se olharem com atenção podem até vislumbrar algum elfo ou obit.
Não se vêem, felizmente, Smurfs (vulgo Estrumpfes),
 que como todos sabem são tipos dos super dragões, disfarçados.

"a partir daqui, foi quase sempre a descer até rio frio, local já nosso conhecido de outras voltas."

Mais um belo recorte fotográfico! Felizmente a câmara sobreviveu à queda da qual não temos registo.
Fica o testemunho do Paulino, ainda que um pouco confuso, como já vimos.
Pouco convincente, caso fosse caso de ir a tribunal!

E terminada a descida ficava cumprida mais uma volta domingueira. No original:  "à chegada, era tempo da foto da despedida, com o registo dos km..."


E cá estão os nossos heróis, Serafim e Paulino, bem cientes do dever cumprido!
tapa furQs rules!

Os quilómetros percorridos, a acreditar que o aparelho esteja bem calibrado!

Tempo então para uma flashinterview.
tf: -Paulino, diga-nos, em directo para o tapafurosbttclube.blogspot.com. Que balanço faz desta volta?

Paulino: - Temos que dar os parabéns aos colegas do BTT Terras do vez, pois o percurso foi a última Maratona do Vez, e está muito bem traçado! No final podiam ter optado por outros trilhos, que dariam ainda um toque melhor, mas ainda assim uma volta espectacular! Dura mas espectacular!

E pronto, meus amigos, esta é a história do dia 14. Outras histórias se seguirão, que é de histórias que se faz a História.

Abraços tapa furísticos,
Alone Ranger


PS: pelos dados do Google, foram 1893mts de acumulado numa contagem de aprox.55km, com inicio e fim na Vila de Arcos de Valdevez.


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