quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A CRONICA "DOR NO JOELHO"

Desenganem-se todos aqueles que pensam “lá vem mais uma crónica dos tipos das lycras”. Nada disso... este é apenas um pequeno relato do acontecimento mais mediatico do final de ano. Efectivamente as pessoas acotovelavam-se para conseguirem um lugar privilegiado para assistir ao momento, as noticias davam conta de um transito caótico (parece que a razão era a passagem de ano que se avizinhava e não a razão deste relato), notava-se uma certa tensão no ar, tudo isto porque 6 meses após uma lesão, arreliadora que fez com que um dos fundadores dos Tapafuros, fosse sujeito a uma cirurgia ao meio das pernas, mais precisamente ao meio da perna direita, voltava a pegar na sua montada de duas rodas.

Olha só quanta gente...

A exemplo de outras voltas, Ponte de Lima foi o palco escolhido para este regresso. Parece que a escolha do local teve muito a ver com a parte final das voltas de Ponte de Lima.

Pois... Ponte do Lima é um bom local para as voltas domingueiras.

Nada de muito duro constava da ementa, até porque tive a boa companhia do companheiro das lycras Angelo, que solidariamente acedeu fazer-me companhia neste périplo arriscado, e claro está, que não quis colocar um ritmo muito elevado, porque certamente lhe causaria alguns embaraços. Também era a minha vez de mostrar solidariedade, porque consta-se que o desgraçado por ter decidido vestir a indumentária que apenas está autorizada para as manhãs de domingo, ia ter uma passagem de ano fora de casa, mas não em festa. A varanda de casa ia ser o seu leito... Por isso não o podia abandonar... Força companheiro.

Ai meu Deus que vou dormir fora de casa...

Depois de convencido a pegar novamente na fiel amiga das manhãs de domingo, era hora de vencer alguns medos e dificuldades, mas com a ajuda do Ângelo as coisa lá se foram compondo.
Primeiras pedaladas, restabelecido o equilíbrio perdido, bem como a confiança muito abalada e eis que sensações antigas regressam em força... Já me tinha esquecido como o assento da bike era duro...


Pelo peso engordou...

Sempre sob o olhar atento do companheiro, que verificava se eu ia perdendo parafusos à medida que pedalava (o negocio das sucatas é vantajoso) lá seguimos junto ás margem do Rio Lima pela ecovia em direcção a Bertiandos.


Até onde vou conseguir chegar?

Por esta altura, ouviam-se uns estranhos barulhos, incompatíveis com engrenagens bem lubrificadas. Antes de sair de casa ia jurar que dei a devida atenção à bicicleta... Vou ter que falar com o cirurgião...

Ai mãe que eu caio...

Não sei muito bem porquê, mas eu já estava confuso com a localização dos pulmões... Parece-me que os meus se tinham mudado para a boca. Também já se ouvia no Angelo a habitual tosse reveladora da falta de cafeína, pelo que tratamos de resolver este problema grave em Bertiandos. Esta pausa foi também aproveitada para eu fazer uma verificação rápida e inventariar as peças... tudo no sitio.

Ajuste de peças.

Subida durissima só ao alcançe dos melhores...

Cafeína reposta, fotos tiradas, e o retorno da volta por sítios muito apropriados ao momento.

Apelo ao Divino

A força não é a mesma de outras voltas, nem assim poderia ser, o ritmo era lento, como se impunha, mas uma coisa mantém-se como anteriormente... o nivel das baboseiras vertidas a cada pedalada era maior que o que diariamente se ouve na Assembleia da Republica.

Por recomendação médica, a volta tinha que ser curta, mas antes de regressar ao ponto de partida, não quisemos perder a oportunidade de fazer uma visita surpresa à casa do nosso mui estimado Alone, tudo na prespectiva de que o homem nos brindasse com um daqueles liquidos licorosos retemperadores de pernas estafadas, pulmoes deslocados e tosses convulsas... Prespectiva gorada, porque o meliante já tinha partido para a noite de fim de ano, ou escondeu-se da malta e não quis aparecer com medo de que o stock do dito medicamento retemperador das almas esgotasse. Ainda tentamos junto da casa do sogro, mas o silencio imperava apesar dos gritos lacinantes que por esta altura o Angelo já soltava.

Não saio daqui sem a minha dose de Favaios

Mas um Tapafuros não se atrapalha, não entra em pânico, não desiste, pelo que tratamos de resolver o problema no local que os de Ponte de Lima já chamam carinhosamente de "a nossa sede". Claro está que se trata do famoso Telhadinhos.
Hora da ultima verificação dos parafusos, cavilhas roldanas e outras engrenagens constantes do joelho direito, e o alivio por verificar que continuava tudo bem encaixado e a dobra do joelho continuava a fazer-se para trás e não o contrario.

Funciona... ainda.

Com isto preve-se um regresso que desejo para breve, dado o facto de com muita preocupação ter verificado que a minha amiga de duas rodas esta a ficar obesa e não anoretica como parece que agora são as gingas dos Tapafuros.

Até breve.
Ao amigo Ângelo Cardoso não posso deixar de endereçar uma palavra amiga pela disponibilidade em acompanhar-me, mesmo sabendo que foi uma desculpa usada para fugir aos deveres caseiros.


Grande apoio amigo


A todos desejo de um bom ano de 2012

saudações
José Duarte
























Sem comentários:

Enviar um comentário