quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Há muito tempo atrás ... na Miranda, foi a 4 de Dezembro!

Com tanto tempo decorrido entre a volta efectuada e a escrita da costumeira crónica vai ser difícil lembrar-me de todos os pormenores da volta Domingueira do passado dia 04 de Dezembro. Pormenores esses que nem no próprio dia estavam muitos claros, e isso, porque a volta por terras de Valdevez e as matas da Miranda conjugado com a nossa aceitação a uma das paixões do JP por cogumelos, fez com a certa altura víssemos duendes, cisnes e sapos fluorescentes… mas lá chegaremos.

Às 7:30 da manhã os bravos e determinados ciclistas que ainda não tinham acertado o relógio para a hora de Inverno apresentaram-se, de lycras vestidos, na sede temporária dos Tapafuros (uma pastelaria dos Arcos de Valdevez enquanto dura o tempo do cofee break!) para se “cafeínarem” antes de saltarem para os selins (acho que todos tinham selins mas não verifiquei!). 
Faltou aqui o estratega da volta, o companheiro Serafim, que por motivos de força maior se viu impossibilitado de participar. Apareceram 8 Tapafuros. 
Que é isto? Uns de fatos com luzes e um de pijama? Que raio....ele há coisas!!!
Ao estilo comandos, os possuidores de GPS aproveitaram para sincronizar aparelhos. O facto de a hora não ser a mesma nos dois gingamoichinhos não causou estranheza devido ao Jet Lag, agora o facto de o GPS do Valente dizer Salamanca 1 km é que fez torcer narizes.
-“É da falta de satélites, isso melhora lá fora!” – Justificou-se o elemento.
Como "falta de satélites" se não tivemos notícia de que tivesse caído algum? Em princípio estão lá todos.
A sincronia dos gingamoichinhos, mas os pormenores nos mapas são obscuros.Afinal para onde é o Norte?

Adiante...
Porque só compareceram oito elementos, o que é de alguma forma pouco para o habitual das últimas voltas Tapafureiras, até merecem o destaque da nomeação: João Pedro, Valente, Agostinho, Nuno, Angelo, Vitor, Paulino e o Filipe.
Volta que se preze não pode deixar de ter inaugurações e desta vez seria a excelente backpack do Agostinho, de cores vibrantes e capacidade para 82 litros bem aviados de Favaios.
Aqui cabe praticamente tudo: apenas o torno mecânico teve de ficar de fora, mas o resto veio!

Arrancamos em direcção a cima, que mais poderia ser?
Esbaforidos e ofegantes rumamos até à Srª do Castelo onde aproveitamos para tirar uma foto de grupo. A manhã cinzenta a lembrar que a qualquer momento poderíamos, no meio do nevoeiro, esbarrarmos com um Sebastião desnorteado de regresso de uma qualquer campanha de África e confundir-nos com mouros, fazia com que usássemos de cautelas especiais.
A contar da esquerda para a direita: 1,2,3,4,5,6,7,8.


Nas matas circundantes à capela da Srª. do Castelo não encontramos o Sebastião mas demos de caras (para não dizer trombas tendo em conta a cara de alguns de nós àquela hora da manhã) com as primeiras coisas estranhas do dia: cogumelos e esculturas naturais… ou não.
O QUEEEE? Ouve Nuno -diz o JP - O cogumelo é perfeitamente comestível, e sem efeitos secundários!
Aqui! - diz o JP - foi onde viveu a Smurfina!


Os cogumelos são uma das perdições do JP e como tal logo nos deu uma palestra acerca dos benefícios desses fungos numa alimentação equilibrada e saudável. Convencidos mas pouco lá provamos as iguarias (brincadeira!!!! somos tolos mas nem tanto!) e só vos digo: a partir dali nunca mais as coisas foram as mesmas. 
Cresceu um cogumelo na roda do JP?

Não sabemos se as capacidades alucinógenas da iguaria, tiveram a ver com o facto, mas o que é certo é que ouvia-se música dos “The doors” e haviam estrelas esvoaçantes e unicórnios a saltitarem à nossa volta que colocavam um sorriso meio estúpido na cara dos ciclistas.

Seguimos caminho até à Sr.ª da cabeça e aqui dividimo-nos, uns já estavam em Guilhadezes enquanto os mais atrasados ainda vinham em Monte Redondo (o autor esclarece que as placas distam uma da outra 4 metros que é a largura da estrada).
Nesta altura o Valente olhou para o GPS e exclamou: “Olha estamos na fronteira de Castilla-Leon!” – ...pois...não se passa nada, devia ser dos cogumelos.
Os quatro que JÁ iam em Guilhadezes
Os quatro que AINDA iam em Monte Redondo

As matas da Miranda, assim designadas genericamente, são de beleza inigualável e é sempre com imenso prazer que por lá andamos. Caminho acima, caminho abaixo, o “efeito cogumelo” e a maravilhosa paisagem fazem de nós novos homens e portanto passamos a ser: o Asdrúbal, o Gervásio, o Anacleto, o Camilo, o Fagundes, o Caetano, o Domingos e o Tone. J

De alma rebaptizada, os intrépidos ciclistas decidiram que era hora de um novo reforço. Por isso toca a parar junto de um tasco que é o melhor parque de merendas que conhecemos. O Sr. Pedreira das Aveleiras gentilmente nos colocou uma questão de suma importância: vinho novo ou velho?
A favor do velho a qualidade já reconhecida, pelo novo o facto de ainda estar levemente frutado. Vamos para o novo!
O que não imaginávamos é que a adega donde o néctar está guardado tinha sido construída pelos hobbits o que fica bem patente na oportuna foto do Alone.
Lá em baixo a adega! Huummmm pipas!!!

Ainda deu para comprar umas maçãs e sermos brindados com uma generosa oferta de figos secos por parte do simpático proprietário da venda, o que se viria a tornar precioso mais tarde, já que o chichar de dentes permite sempre recuperar alimento que se aloja nos espaços servindo assim de reserva energética.
Que bem nos tratou este simpático amigo. Bem haja!

Monte acima novamente (seguindo o plano original do Serafim), chegamos a nova zona de trilhos fantásticos e paisagens exuberantes.
Foi aqui, no estradão que dá à cruz vermelha que decidimos para outra vez para comer.
- “Ainda bem.” – disse o Valente – “ A zona de Torremolinos é muito bonita!”- exclamou a olhar par o GPS.
As bananas made in Nasa e chocolates made in Carcavelos saltaram cá para fora e foram avidamente deglutidas, já que o branco novo abrira o apetite.
Vamos outra vez para a tasca? - Parecem perguntar...

Assinalamos o encontro imediato com uma motorizada que por pouco não sofria uma operação stop o que a julgar pelo zig-zagueado do motociclo poderia resultar na apreensão do veículo e no levantamento de um auto contra-ordenacional ao condutor soubesse ele onde estava e o que era isso…
Valente: Uma operação Stop no meio da mata é que era!

Seguimos para as descidas, que é afinal o que nos motiva e nos faz olhar para trás e pensar: “Se viéssemos ao contrário isto era uma subida!

Sem grandes ocorrências a assinalar e com o tempo já apertado para o regresso ás viaturas auto-próprias, rumamos via estrada nacional até Arcos de Valdevez, excepção feita ao Gps do Valente que indicava que estávamos na Zona histórica de Badajós a 50 km/h!!!!
Não houve tempo para debriefing (sobre este assunto dos debriefings, brevemente traremos a publico algumas indicações sobre como deve ser feito um !! Fiquem atentos).
Cumpriu-se mais uma volta e bem bonita, digo eu. Poucos Tapafuros e sem friends mas os que foram assinalaram condignamente a passagem por terras Arcuenses na fantástica paisagem da Miranda.
Abraços.


Ahhhh é verdade! Não me esqueci dos duendes, cisnes e sapos fluorescentes. ÓOh PRA ELES AQUI

De reparar que no pequeno lago há dois grandes cisnes e no grande lago há um pequeno pato. Ao centro do pequeno lago 3 sapos bué de verdes e fluorescentes - Altamente!
O gajo ao lado do pelicano é um gnomo ou não é um gnomo? A tipa de braços ao alto ou está a ser assaltada... ou não!

 
Quanto aos cogumelos foram só para apreciar, mas a musica dos The doors é uma “trip” – Jim Morrison forever

Fiquem bem
Abraços Tapafuristicos
Ang3lo

2 comentários:

  1. E então? não ha mais crónicas? uma pessoa habitua-se e depois é isto!... ;)

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  2. As crónicas voltam em breve, após uma pequena pausa para as festividades!

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