sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Santa Rita P.Lima - A fantástica volta sem incidentes!

Mais difícil do que não saber o que escrever após mais uma volta Domingueira, é relatar uma volta onde pela primeira vez (penso eu) até parecíamos um grupo de ciclistas a fazer isso mesmo, a andar de bicicleta.
O milhafre (personagem Tapafurística responsável pelas avarias, furos e afins) ficou a dormir o sono dos justos e não nos acompanhou desta vez. Sem furos, quedas, percalços e Favaios, já estão a perceber o meu problema…
O melhor é começar pelo início:

Ponte de Lima, 7:30 da manhã de Domingo 16 de Outubro de 2011.
Os primeiros TapafurQs (lê-se tapa furos e o “Q” simboliza um pneu furado a esvaziar como bem é retratado no nosso logótipo: aaaaaaaahhhh dirão alguns!) chegavam ao ponto de encontro junto à ponte velha. Para esta volta tínhamos convidado um ciclista experimentado e veterano nestas coisas do pedal, que curiosamente é também um dos nossos patrocinadores através dos Moveis Santa Comba.
O Sr. Alfredo Amorim, ou melhor o Alfredo (que é assim que ele gosta de ser chamado) tem nas pernas milhares de quilómetros percorridos em bicicleta e um sem número de histórias fascinantes acerca da paixão que nos une – o ciclismo e o BTT em particular.
Com uma pontualidade britânica apresentou-se no local combinado receoso por poder atrasar o grupo, o que viria a constatar ser um perfeito disparate já que nós ou estamos parados ou a andar devagar, sempre com a ânsia de mais umas fotos para mostrar às Marias as nossas aventuras (e às quais elas não ligam nenhuma, sorrindo apenas com as nossas tristes figuras em lycras).

Filipe a pensar se ainda estará a sonhar, o Mário a julgar que é da ex-BT(todo fluorescente) e o Alfredo a pensar: 7:30 da manhã? Estes romanos são doidos!

Honrados por tal presença, tivemos ainda a companhia do amigo Mário, de Arcos de Valdevez, que pela primeira vez se juntou a nós e nos deu assim o prazer de conhecer mais um ciclista muito porreiro.
A achar que a volta iria ser gira tínhamos o Nuno Barreto, uma vez mais perfilado com os TapafurQs, e cuja companhia muito nos agrada. Não só gira acharia a volta, como Giro era o capacete que usava que para além de giro era Giro (ver vídeo). Mas a historia não gira à volta deste tema… esta parte ficou gira, não ficou?
É giro e Giro, ou seja Girox2. Do capacete falamos!

À chamada compareceram os elementos: Valente, Viana (os cicerones), Filipe Araujo, Isá, Miguel, Vitor, João Pedro e Ângelo (os restantes são uns baldas!).
Decididos a seguir o caminho de Santiago até ao alto da Labruja, o GPS podia até mostrar uns trilhos de uma qualquer montanha Senegalesa que seria impossível nos perdermos.
Arrancamos até ao primeiro café disponível e, claro está, paramos para nos enchermos de cafeína e mandar os primeiros bitaites do dia. Ruidosos quanto baste, degustamos a beberagem milagreira e admiramos um exemplar de bicicleta de nome “Birrodas”, um velocípede ao estilo tunning, o que nos fez pensar que se calhar as nossas bicicletas nem eram assim… como diria o Nuno… tão giras como pensávamos.
Valente pouco satisfeito por não haver na parede cartazes dos gelados Globo!

E foi entre duas minis que o orgulhoso proprietário da Birrodas nos explicou que os aros foram pintados á mão, o que a tornava numa peça de artesanato.
Vi na televisão espanhola que sai uma bicicleta igualzinha a esta nos pacotes de bolachas. Quero uma! - Diz o João Pedro

“Ala que se faz tarde”, e entramos na secção do caminho Português de Santiago que nos levaria ao alto da Labruja.
Diz quem já o fez (o que ainda não foi o nosso caso) que este é o troço mais difícil do caminho, e pelo número de vezes que desmontamos estamos em crer ser verdade. Bonito, interessante e desafiante, o caminho não significa apenas mais uns trilhos de terra batida pelo meio dos montes, há realmente qualquer coisa de maior quando se segue as setas amarelas - sem duvida alguma, um dia teremos que peregrinar a Santiago de Compostela para homenagear o Apóstolo.
É à mão e mesmo assim...
Calor? Não admira, levavam a "sofage" ligada!

A subida é de facto interessante, mas a perspectiva de ser feita com alforges e mochilas não agrada muito. O único que experimentou essa sensação foi o Valente que possui uma mochila ao estilo Sport Billy (os mais novos deverão googlar!) e transporta coisas sem fim às costas.
A chegada a um dos marcos do caminho, a cruz dos mortos, foi pretexto para mais uma serie de disparates e momento de caos, enquanto nos tentávamos organizar prá foto.

Não se pode tirar uma foto de jeito! Há sempre um gajo de lycras à frente!
Numa pose "À lá Paulino", o grupo fica para a posteridade!

A pé ou a pedalar lá fomos subindo até à Labruja para depois seguirmos ao alto das pedras finas, e daí, visitarmos mais uma capelinha dedicada a Santa Rita.

Junto à capela de Santa Rita

Foi por estas bandas que se deu um encontro inusitado com dois caminheiros que num Português Inglesado nos perguntaram para onde se ia para Fátima.
Surpreendente foi a resposta do João Pedro que entre duas bolachas (aproveitando a paragem para deglutir mais meia dúzias de marias) em tom de pergunta: A Fátima da venda que tem as bolachas Cuétara?
Ficamos mais admirados do que os Ingleses que se limitaram sorrir, todos contentes por alguém falar na Fátima, que devia ser conhecida do elemento em causa e assim teriam a informação desejada.
O jovem casal queria mesmo era ir até ao Santuário de Fátima, o que não deixa de ser francamente admirável – é preciso ter um espírito especial para se fazerem a estes caminhos num país estranho (muito embora membro da EU a coisa por aqui não funciona lá muito bem!) em busca de aventuras novas.
Meia dúzia de “You go’s”, “blue arrow’s” e “thank you’s very well’s” puseram os caminheiros de novo em andamento. Despedimo-nos dos simpáticos personagens e seguimos o nosso próprio trilho.
O jovem casal em passeio por Portugal. Os outros não se afastaram para poder tirar a foto em condições

Entretanto em duas descidas mais acentuadas feitas, deu para ver quem dominava a patanisca, ou melhor a bicicleta, com o Alfredo a liderar o grupo de “monte abaixo” ou em Inglês Down hill. :)
Do caminho até Ponte de Lima há que salientar a beleza dos estradões escolhidos pelos nativos.
Junto á ecovia de Viana-Ponte de Lima é hora de nos despedirmos do Alfredo, que nos deu uma verdadeira lição de BTT e cuja companhia queremos repetir – não sei se já referi que ele é o dono dos Moveis Santa Comba patrocinador oficial da nossa equipa (PUB) - grande abraço para ele.
O Alfredo em grande estilo!

Para o final estava agendado mais um debriefing num café Limiano.
Impressionado estava o Mário que deve ter pensado que andar de bicicleta com os Tapafuros seria só subir e descer montes e parar frequentemente para dizer bacoradas, a surpresa veio no final com uma coisa que muitos (principalmente os mais jovens) deveriam praticar mais amiúde: O convívio com amigos! – A ver vamos se o rapaz vem mais vezes!

O Mário compenetrado no debriefing!
Perfeito domínio, com uma técnica irrepreensível!


Brindamos a todos, incluindo vocês!

Assim se fazem os domingos TapafurQs: pedalar, parar, tirar fotos, hidratar e muita animação.

Saudações Tapafurísticas

Mais fotos AQUI

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