quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A crónica que não saía...saiu!

O toque de alvorada despertou-nos bem cedo para mais uma volta domingueira por terras Barquenses.
Olhó Sol a espreguiçar! Molengão!

Na mente estava uma visita a um dos locais mais emblemáticos das Terras da Nóbrega: o monte do Livramento.
O chavão: “Já fui tão feliz no Livramento” parecia não se aplicar a esta questão dos pedais, já que o desnível de 700 metros entre a vila minhota e o cume em Ventuzelo não antevia descanso para as pernas.
A rapaziada das lycras apertadinhas, reuniu em manada ainda o sol se espreguiçava por detrás dos montes Espanhóis a nascente.
Para o evento assinaram a folha de presenças o Ang3lo, Agostinho, Viana, Serafim, Paulino, o Miguel (regressado de ferias) e o Steven. Juntou-se a nós o Guru do ciclismo Barquense dos Barca Bikers o Carlos Vale – Moleiro o que muito nos agradou já que é sempre com enorme prazer que recebemos a sua presença no nosso pelotão.
Os tapafurQs em direcção ao sol nascente!

Degustado o café, pusemos as bicicletas a rolar em direcção a Santa Rita. Alcatrão suave e montes (ainda) com pinheiros e eucaliptos, tornaram a coisa menos penosa, mas a inclinação da estrada fizeram as minhas pernas exclamar: “@£§€”#$ de ideia tu tiveste logo pela manhã”.
Cumprida a primeira etapa, faltava subir o resto. Na mente do estratega do périplo estava um trajecto que não tendo os pormenores de um GPS, levar-nos-ia por caminhos de terra batida quase até ao cume, e assim foi.
Em Sampriz fizemos jus à condição de TT que caracterizam as bikes e desviamos para trilhos mais agrestes.
Nesta altura o Milhafre domesticado pelo Zé Duarte (o do joelho estragado) atacou a bicicleta do Ang3lo, causando-lhe uma chiadeira irritante no travão da frente o que obrigou a uma intervenção quase cirúrgica no meio do monte. Resultado: KTM de pernas para o ar!
"Ora esta peça é daqui ou caiu do céu?"

Valeu-nos entretanto os vastíssimo conhecimento de trilhos “cicláveis” do moleiro para assim ziguezaguearmos monte acima até Casal de Vide.
Caminhos cicláveis? Deixa-me rir!

O lugar é bonito, com vista privilegiada e onde se pode encontrar sinais de uma ruralidade perdida, substituída por ICs IPS e Urbes descontroladas. Estes atributos servem bem quem regista em fotografia sinais de outros tempos e os imortaliza em pixéis (que substituíram entretanto as películas). E foi precisamente, e de forma inesperada, que pela fresca da manhã, aproveitando a fantástica luminosidade destes locais nos encontramos com um senhor, portador de uma fantástica maquina fotográfica (Canon 5dmarkII e respectiva lente serie L, para os conhecedores) que simpaticamente meteu conversa com o grupo. Carlos Vilas, o nome do fotógrafo profissional, prontamente se disponibilizou para nos retratar e em troca, fizemos questão de com a nossa máquina de bolso, assinalarmos o encontro com esta foto de grupo.
O fotógrafo foi fotografado!

Quem diria que num lugar pequeno, teríamos oportunidade de trocar impressões com ilustre fotógrafo - a ele o nosso obrigado.
Retomamos caminho em direcção ao cume do Livramento e foi num instante que chegamos a Ventuzelo, local onde na igreja da Nossa Senhora do Livramento tiramos a habitual (e não profissional) foto de grupo e comemos as bananas da NASA, as barras de material duvidoso, os panados, os pasteis de bacalhau e leitão que normalmente carregamos nas mochilas.
O grupo com Ponte da Barca lá em baixo à esquerda!

Faltava uma etapa, porventura a mais dura, até ao topo do mundo (que foi? para quem lá está parece, não temos culpa).
O Moleiro, a braços com um esvaziamento no pneu traseiro, ficou para trás para dar á bomba, o que aliado ao cansaço de uma semana de festas de S. Bartolomeu, resultou num momento de admiração paisagística a meio da última subida.
Os restantes não esmoreceram e treparam (o termo está bem aplicado já que os derradeiros metros foram feitos a pé com as bicicletas encostadas à antena da Rádio Barca) até ao miradouro.
E que dizer de tão mítico lugar? A frescura do ar que se respira, o silencio que nos invade (excepto quando vão os barulhentos tapafurQs), e a paz que se vive no alto de Livramento? Só experimentando! 
Apontam para onde? Sem o Gps não sabem onde estão... baaa!

Hora de descer!
Apanhamos o elemento em falta e toca a ir por trilhos divertidos, sempre evitando os estradões que é coisa que a malta da Barca não gosta e depressa chegamos á sede do concelho.
Era hora do debriefing, que é uma coisa que se pratica numa mesa de café com um copo na mão.
Drebriefing a decorrer.

" A técnica é esta. Colocam-se os lábios em posição e num movimento bascular sobre eleva-se o fundo do copo...!"

O Miguel tinha saudades dos copos, digo das bicicletas.

30km para cumprir mais uma missão, com tempo de sobra para o regresso a casa e um convívio final que por vezes é sacrificado à custa dos ciclistas que exigem kms.
Daqui a umas semanas regressaremos a terras de Ponte da Barca e na forja está um passeio por locais de rara beleza – a Ermida espera por nós!
Mais fotos AQUI e respectivo track AQUI

Abraços Tapafurísticos.

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