Pois cá estamos para o relato da segunda parte da volta.
Vamos então situar-nos, estáva-mos em Prozelo, no alto do cume do Penedo do Navio.
Nestas voltas, e devido ao respeito que o tapa furQs nutre pela natureza e pela sua preservação, muitos têm sido os animais que encontramos, selvagens ou domésticos, sendo que alguns até nos acompanham ou connosco interagem.
Alguns estarão a pensar que isto já tem água no bico, se calhar estaremos a referir-nos a alguém, que este cronista tem a mania que é engraçado; nada disso! Refiro-me, e podem atestar nas crónicas precedentes, que não raras vezes nos deparamos com garranos (alguns até de raça leiteira), raposas, coelhos, gado vacum, cães (muitos), isto já para não falar nas aves de rapina, em particular o milhafre que teima em seguir o Zé Duarte, e que na última volta levou a roda da frente de Serafim!
Desta feita falamos de um belíssimo representante da ordem Lepidoptera, que também subiu ao cume:
Hora então de regressar, e o Serafim, na frente da organização da volta, dava as últimas instruções ao Miguel sobre os detalhes do percurso, enquanto as tropas reuniam.
Enquanto isso, o João aproveitava para acabar com o stock de bananas que transportava na sua mochila. |
Iniciámos a descida, com a cautela que é nosso apanágio, para chegar-mos a casa sem mossas ou mazelas, não é Viana?
Sem palavras. Já não é o momento lua vermelha, é o MOMENTO SARRABULHO! |
Entretanto o Serafim, levando ao extremo o seu papel de líder, foi afastando as silvas e o tojo para que não puséssemos em risco a integridade do nosso equipamento oficial, que alguns trajavam.
Eis-nos chegados ao lugar de Pousada, freguesia de Rio de Moinhos.
O lugar tem um nome que sugere hospitalidade, e depressa descobrimos porquê.
Na tentativa de repormos o stock de H2O (o Alone já tinha bebido 3 litros), pedimos a devida autorização junto de uma habitação para colhermos o precioso líquido num tanque junto ao caminho.
Logo a dona da casa, a Sr.ª Maria, reconhecendo o Serafim , ilustre habitante da freguesia, nos colocou o seguinte dilema:
-Não querem antes vinho?!
Logo todos responderam que não, não podia ser, muito obrigado, água estava muito bem, até estava fresquinha, éramos muitos e tínhamos terra nas sapatilhas (as da marca Sanjo carregam muita terra), havia até menores no grupo, a brigada podia estar mais adiante à saída da aldeia, não queríamos dar trabalho etc, e por isso... logo ACEITÁMOS O CONVITE!
A Sr.ª Maria já a caminho da adega, enquanto o Nuno pensava: na missa só o Padre bebe vinho!!!!! |
Logo se estenderam passadeiras, para cortar o vento, pois tínhamos as camisolas transpiradas e o Viana arrefece quando está muito tempo parado! |
Um líder é sempre um líder!! Ouviste, Filipe Ramos?? |
O Steven tentando levar a garrafa! Felizmente o Alone estava atento e já a tinha esvaziado. |
O Rui a contar a história da borboleta: - Foi então que ela me atacou por trás, e eu que não tinha comigo o meu comando da MEO!... |
O Alone Ranger, que nesta vertente da modalidade está sempre à frente! |
Um brinde aos nossos anfitriões e ao tapa furQs BTT Clube! Hip Hip, Hurra! |
Continuaram então as descidas....
"Pensei que agora era sempre a descer...", diz o Alone para os seus botões. |
Alguns pensarão que se trata de uma piada sobre agências e ratings... |
E antes da descida em causa, verificou o material, valendo-se de todo o seu expertise e saber sobre mecânica de velocípedes. |
O tombo podia ter sido grande!!! |
Logo uma equipa de peritos se juntou para analizar o problema e identificar a origem do mesmo. |
Cá está, o MOMENTO BETADINE. |
Refeitos, o Viana e o Ang3lo, este último ainda sugeriu que fôssemos pedir água na casa cujo logradouro utilizámos para as reparações e primeiros socorros:
-Que dizeis, vamos pedir água? |
Achamos que não, que os minutos passavam, e estava na hora do regresso.
Conferenciou-se e decidiu-se que o Viana faria a última parte por estrada, juntamente com alguns dos nossos convidados, nesta fase já um pouco atrasados para os seus compromissos familiares, já que o resto do percurso ainda tinha algumas partes mais técnicas.
O destino era o Solar da Quinta de Aguiã, uma belíssima casa com torre medieval ao centro, berço do famoso e galardoado Vinho Aguião, néctar que infelizmente este vosso cronista ainda não provou.
O belíssimo solar, infelizmente em estado de degradação e abandono. |
Ali se improvisou um tripé para aquela que seria a última foto da volta:
Engenho e arte, caraterísticas dos tapa furQs. |
O grupo remanescente, já em jeito de despedida. |
De Aguiã aos Arcos "foi um tirinho", perdoem-me a expressão, e deu-se então por encerrada mais uma volta domingueira.
Os mais atentos e aqueles que seguem estas crónicas farão no entanto um reparo:
Então e não houve Favaios?
Pois é verdade, não houve! Razão suficiente para, à primeira vista, comprometer a notação dada pelas mencionadas agências de rating (Moody's, Fitch e Standard & Poor's) deixando-as numa situação, digamos, de pouca credibilidade!
No entanto, os peritos oficiais e credenciados (os proprios tapa furQs), secundados pelos seus convidados, foram unânimes na sua avaliação: VOLTA DOMINGUEIRA 5*
Despede-se com amizade, como diria o saudoso Eng. Sousa Veloso,
Alone Ranger
PS: Domingo há mais!!
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