quarta-feira, 13 de julho de 2011

A parte II da crónica domingueira e os nossos ratings.

Pois cá estamos para o relato da segunda parte da volta.

Vamos então situar-nos, estáva-mos em Prozelo, no alto do cume do Penedo do Navio.
Nestas voltas, e devido ao respeito que o tapa furQs nutre pela natureza e pela sua preservação, muitos têm sido os animais que encontramos, selvagens ou domésticos, sendo que alguns até nos acompanham ou connosco interagem.

Alguns estarão a pensar que isto já tem água no bico, se calhar estaremos a referir-nos a alguém, que este cronista tem a mania que é engraçado; nada disso! Refiro-me, e podem atestar nas crónicas precedentes, que não raras vezes nos deparamos com garranos (alguns até de raça leiteira), raposas, coelhos, gado vacum, cães (muitos), isto já para não falar nas aves de rapina, em particular o milhafre que teima em seguir o Zé Duarte, e que na última volta levou a roda da frente de Serafim!

Desta feita falamos de um belíssimo representante da ordem Lepidoptera, que também subiu ao cume:

Cá esta ela, mesmo em cima de um dos 5 cumes.
Como desconhecemos a que espécie se reporta, e podendo até tratar-se de uma nova, que não das
cerca de 150 que existem em Portugal, logo tratámos de denominá-la de Tapafura favaíta.
 Hora então de regressar, e o Serafim, na frente da organização da volta, dava as últimas instruções ao Miguel sobre os detalhes do percurso, enquanto as tropas reuniam.

Enquanto isso, o João aproveitava para acabar com o stock de bananas que
 transportava na sua mochila.
Iniciámos a descida, com a cautela que é nosso apanágio, para chegar-mos a casa sem mossas ou mazelas, não é Viana?

Sem palavras. Já não é o momento lua vermelha, é o
MOMENTO SARRABULHO!
Entretanto o Serafim, levando ao extremo o seu papel de líder, foi afastando as silvas e o tojo para que não puséssemos em risco a integridade do nosso equipamento oficial, que alguns trajavam.

Antes uns arranhões que umas malhas puxadas!!!!
De enaltecer a atitude do nosso líder da volta. Á próxima será organizada pelo Filipe e esperamos dele
a mesma dedicação e atitude, isto se não se entreter a reparar furos!
Eis-nos chegados ao lugar de Pousada, freguesia de Rio de Moinhos.
O lugar tem um nome que sugere hospitalidade, e depressa descobrimos porquê.
Na tentativa de repormos o stock de H2O (o Alone já tinha bebido 3 litros), pedimos a devida autorização junto de uma habitação para colhermos o precioso líquido num tanque junto ao caminho.
Logo a dona da casa, a Sr.ª Maria, reconhecendo o Serafim , ilustre habitante da freguesia, nos colocou o seguinte dilema:

-Não querem antes vinho?!

Logo todos responderam que não, não podia ser, muito obrigado, água estava muito bem, até estava fresquinha, éramos muitos e tínhamos terra nas sapatilhas (as da marca Sanjo carregam muita terra), havia até menores no grupo, a brigada podia estar mais adiante à saída da aldeia, não queríamos dar trabalho etc, e por isso... logo ACEITÁMOS O CONVITE!

A Sr.ª Maria já a caminho da adega, enquanto o Nuno pensava: na missa só o Padre bebe vinho!!!!! 
Logo se estenderam passadeiras, para cortar o vento, pois tínhamos as camisolas
transpiradas e o Viana arrefece quando está muito tempo parado!
As imagens que seguem não carecem de mais palavras, falam por elas mesmas, mas não resistimos a alguns comentários:

Um líder é sempre um líder!! Ouviste, Filipe Ramos??
O Steven tentando levar a garrafa! Felizmente o Alone estava atento e já a tinha esvaziado.
O Rui a contar a história da borboleta:
- Foi então que ela me atacou por trás, e eu que não tinha comigo o meu comando da MEO!...
O Alone Ranger, que nesta vertente da modalidade está sempre à frente! 
A Sr.ª Maria, a anfitriã, ao centro, a quem homenagiamos. Um grande bem-haja para o Sr. Augusto Barros,
o dono da casa, ausente em trabalho (alguém neste país tem de o fazer).
Estava no entanto o seu cunhado,  o Sr. José António (ou Zé Tone, como é conhecido), à direita,
que tão bem manuseou o saca-rolhas.
Uma palavra também para a simpatia da D. Benilde, à esquerda, e para o pequeno Tiago, que não tirou
os olhos de tão inesperada visita. No final confidenciou-nos, o pequenito, que quando fôr grande também
vai ser ciclista, mas quer uns calções como os do Nuno, que os outros têm ar de apertar muito os tintin...... 
e tem medo de ficar como o Ang3lo, sempre a tossir!!
Um brinde aos nossos anfitriões e ao tapa furQs BTT Clube! Hip Hip, Hurra!
Para alguns atletas o percurso podia acabar já ali, mas estava na hora de regressar, até para bem da adega do Sr. Barros.

Continuaram então as descidas....


E as subidas...
"Pensei que agora era sempre a descer...", diz o Alone para os seus botões.
Mais à frente, já o Ang3lo aguardava pelos últimos atletas, do alto da sua cátedra:


Alguns pensarão que se trata de uma piada sobre agências e ratings...
Tudo corria bem, mas já há algum tempo que o Viana se vinha queixando de problemas ao nível do ABS, e tal...

E antes da descida em causa, verificou o material, valendo-se de todo o seu expertise e saber
sobre mecânica de velocípedes.
E vai daí, PIMBA, no final da descida fica sem travões, e nao cai num valado por sorte, aliada a uma boa dose de reflexos, segundo nos contou pois não vimos, e a uma singela mas providencial rede de arame!!!!

O tombo podia ter sido grande!!!
Felizmente para a história só ficou o SUSTO, e uns arranhões.

Logo uma equipa de peritos se juntou para analizar o problema e identificar a origem do mesmo.
Enquanto o Viana, ainda em estado catatónico, recuperava o fôlego, já alguém aventava (sem sequer
aguardar pelo relatório do colégio de peritos) que se calhar tinha sido o vinho que lhe tinha subido às pernas!!
Entretanto o Rui, para espanto e admiração de todos, decide abrir a farmácia
que transporta na sua mochila!!!!
Até o Alone Ranger ficou admirado! Como tinha mandado de férias o Aleixo Tábua
não conseguia aceder à secção dos antisépticos e afins.
Inaugurou então o Viana o que chamaremos de MOMENTO BETADINE, passe a publicidade.

Cá está, o MOMENTO BETADINE.
À falta do Isá, o nosso mestre da mecânica, o Agostinho tomou conta das operações tendentes à resolução do problema, até porque possui uma máquina igual.

Enquanto isso o Ang3lo ouvia horrorizado o relato do acidente feito na primeira pessoa.
Note-se quão impressionado estava! Ouvia com tamanha atenção, que alguém lembrou que
naqueles momentos ninguém o ouviu tossir!
Refeitos, o Viana e o Ang3lo, este último ainda sugeriu que fôssemos pedir água na casa cujo logradouro utilizámos para as reparações e primeiros socorros:

-Que dizeis, vamos pedir água?
Achamos que não, que os minutos passavam, e estava na hora do regresso.
Conferenciou-se e decidiu-se que o Viana faria a última parte por estrada, juntamente com alguns dos nossos convidados, nesta fase já um pouco atrasados para os seus compromissos familiares, já que o resto do percurso ainda tinha algumas partes mais técnicas.

O destino era o Solar da Quinta de Aguiã, uma belíssima casa com torre medieval ao centro, berço do famoso e galardoado Vinho Aguião, néctar que infelizmente este vosso cronista ainda não provou.

O belíssimo solar, infelizmente em estado de degradação e abandono.
Ali se improvisou um tripé para aquela que seria a última foto da volta:

Engenho e arte, caraterísticas dos tapa furQs.
O grupo remanescente, já em jeito de despedida.
De Aguiã aos Arcos "foi um tirinho", perdoem-me a expressão, e deu-se então por encerrada mais uma volta domingueira.

Os mais atentos e aqueles que seguem estas crónicas farão no entanto um reparo:
Então e não houve Favaios?

Pois é verdade, não houve! Razão suficiente para, à primeira vista, comprometer a notação dada pelas mencionadas agências de rating (Moody's, Fitch e Standard & Poor's) deixando-as numa situação, digamos, de pouca credibilidade!

No entanto, os peritos oficiais e credenciados (os proprios tapa furQs), secundados pelos seus convidados, foram unânimes na sua avaliação: VOLTA DOMINGUEIRA 5*

Despede-se com amizade, como diria o saudoso Eng. Sousa Veloso,

Alone Ranger

PS: Domingo há mais!!


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