Uma volta com cabras e … cabrões…
Caros leitores,Antes de vos relatar as aventuras e desventuras de tão briosos BTTistas, que nas manhãs de domingo, dia destinado ao descanso, através de uma força estranha se “alevantam” de seu leito para dar trabalho àquela que repousa durante a semana e que está ávida de percorrer os trilhos e veredas destes montes e vales, deixo-vos um momento cultural relativo à tão nobre e linda vila de Ponte de Lima, através do seu Hino:
"Nasci à beira do Rio Lima, Rio saudoso, todo cristal;
Daí a angústia que me vitima, Daí deriva todo o meu mal.
É que nas terras que tenho visto, Por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto, Terra mais linda nunca encontrei."
Daí a angústia que me vitima, Daí deriva todo o meu mal.
É que nas terras que tenho visto, Por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto, Terra mais linda nunca encontrei."
António Feijó (1859-1908)
Hino de Ponte de Lima musicado sobre versos da "Ilha dos Amores",
do Poeta Limiano António Feijó, composto por Amilcar Morais.
do Poeta Limiano António Feijó, composto por Amilcar Morais.
Mais um domingo com uma manhã com um ar gélido, mas a adivinhar uma temperatura agradável para o resto da manhã. Pelas 8:15, lá estavam dois dos anfitriões, o Alone Ranger e o Viana e pouco depois chegava o Agostinho. À chamada marcariam também presença o João Pedro (JP) e o Vitor vindos de Jolda S. Paio, os “manos” Galvão (Serafim e António) e os “manos” Barreto (Rui e Nuno), algo atrasados, pois o Nuno zangou-se com o despertador e não fosse o “mano” faltariam ao périplo. Notava-se, no entanto, a falta de comparência de alguns elementos, mas, devidamente justificados. Estava assim composta a legião de 9 TapaFurQs que se aprontavam para mais umas subidas e descidas na tão bela região de Ponte de Lima.
Os anfitriões Agostinho, Alone Ranger (Valente ) e o Viana
O Agostinho, estava incumbido de gizar o percurso. Pelos vistos gizou, mas o track que deveria ser descarregado no gingamoichinhos (vulgo GPS) ficou-se entre o e-mail do próprio e o do Alone. Esse dissabor, que muito lamentou, com desculpas esfarrapadas, não o impediu de levar avante o périplo do dia, pois, algo lhe tinha ficado em mente, desde logo, subir, subir e subir para logo encontrar algumas descidas fantásticas. A ideia era subir à Boalhosa pela margem esquerda do rio Trovela e depois atravessar para a margem direita e nos dirigirmos para as antenas situadas junta à Ermida acima do monte de S. Catarina na Ribeira, para depois fazer a descida “bastante técnica”em direcção a Ponte de Lima
Tal como sempre, volta não é volta se antes não nos “doparmos” com a habitual injecção de cafeína. Vá, alguns mascaram o produto com um liquido branco a que chamam leite!
O Alone a pensar: Mas onde foi parar o e-mail?
Ala que se faz tarde, pois arranca e não arranca e o relógio da Igreja Matriz já marcava 8:50.
A etapa inicial seria bastante “soft”, pois o gizador ainda estava a pensar na forma de nos dar uma “tareia”, ou seja, aplicar um grau de dificuldade olímpico, pois que o homem está numa forma dos diabos.
Não demorou muito tempo e já andávamos às avessas com a rosa dos ventos, pois ao atravessarmos a freguesia de Fornelos o Agostinho ficou um pouco desorientado. Eu quero ir para aquele monte - disse. Por isso, vamos atravessar esses lameiros e rezem para que o proprietário não pegue na “fusca” e venha atrás de nós. E assim foi. Valeu a pena atravessar o lameiro, pois o que veio a seguir foi digno de uma volta domingueira, ou seja, efectuámos uma subida com um grau de dificuldade médio junto à margem do rio Trovela e com uma paisagem fantástica!
Chegou então a hora de fazermos uma paragem para o habitual retemperar do corpo e da mente, com bananas, laranjas, bolachas, barritas e como habitual algumas baboseiras (para a mente).
Nuno anuncia:
Hoje a bebida é por minha conta! Adivinhem o que eu trouxe?
Só de pensar que naquela garrafa estaria depositado o tapanéctarfavaios, o Alone Ranger, que nestas coisas é mais Ranger que Alone e não gosta nada de ficar para trás, apoderou-se da mesma e vai daí…
Hum! É pá isto tem muito gás!...
Não trouxeram os copos? Aqui vai….
Ah! Pensavam que era favaios. É vinho novo e não é mau!
Como diz o ditado “o homem foi com muita sede ao pote”!!!!Como também é habitual aproveitámos para tirar uma fotografia de grupo.
Um grupo de BTTistas: António, Valente , Agostinho, Viana, JP, Rui, Nuno, Vitor e Serafim.
Um grupo de “desiquilibrados”
Em seguida, fizemo-nos ao caminho em direcção às antenas lá no cimo do monte de S. Catarina. Pelo caminho assistimos ao corso carnavalesco de uma manada de caprinos que passava junto à estrada.
Todos a aguardarem a passagem do “bode respiratório”…
… e do Alone Ranger da manada…
Antes da diabólica descida
Da descida os tapafotógrafos não fizeram qualquer registo…adivinha-se o porquê!!!! a descida não era fácil…bastante técnica e longa, mas espetacular. Chegados ao fim da descida constatou-se que a malta estava satisfeita e que tinha valido a pena ter feito aquelas subidas.
Já em Ponte de Lima chegou a hora do habitual “debriefing” no “Telhadinhos”, sem antes o anfitrião Agostinho nos apresentar um bolo confeccionado na casa “Sousa”, a sua, para enxugar o néctar que viríamos a beber instantes depois.
Oh malta! Já fanaram um pedaço mas penso que chega!
Será que chega! Eles são uns alarves a comer!
E a beber também!
No final registavam-se 32 km de uma volta domingueira regada de boa disposição e com paisagens dignas de postais ilustrados.
Conclui-se ainda o seguinte:
- O Rui tem mesmo que trocar a roda “29”;
- O Viana tem que aprender a desencaixar dos pedais quando está a parar;
- A onda do Alone é mesmo a do Favaios;
- Ao JP acabou o stock das bolachas;
- Os manos Galvão (os tapafotografos) têm de aprender a tirar fotos quando descem a alta velocidade;
- O milhafre ausentou-se pois foi para o carnaval de Torres Vedras;
- Para o Nuno fica o fecho desta crónica …
Nuno o que é que achaste da volta, pá?
-Achei um doce!
Abraços Tapafurísticos
VianaNota: Nunca mais é domingo!
Ora ai está a prova que quando o Computador Magalhães funciona o Viana surpreende a malta.
ResponderEliminarCrónica digna de um Tapaescritor de qualidade, Parabéns.
Está mesmo um DOCE.
O "migalhães" agiganta-se e, para que conste nos anais Tapafurdicos, gera um texto fabuloso. Acredita-se, investigação futura concluirá, que a razão de tal encadeamento literário se deve ao Tapacronista que, à semelhança do domínio sobre a ginga, influenciou o resultado que acabamos de observar.
ResponderEliminarParabéns Viana.
Muito bom, ainda me estou a recompor das risadas que dei com a do "bode respiratório" e a do Alone da manada.
ResponderEliminarExcelente, parabéns...
F.Anónimo