Com tanto tempo decorrido entre a volta efectuada e a escrita da costumeira crónica vai ser difícil lembrar-me de todos os pormenores da volta Domingueira do passado dia 04 de Dezembro. Pormenores esses que nem no próprio dia estavam muitos claros, e isso, porque a volta por terras de Valdevez e as matas da Miranda conjugado com a nossa aceitação a uma das paixões do JP por cogumelos, fez com a certa altura víssemos duendes, cisnes e sapos fluorescentes… mas lá chegaremos.
Às 7:30 da manhã os bravos e determinados ciclistas que ainda não tinham acertado o relógio para a hora de Inverno apresentaram-se, de lycras vestidos, na sede temporária dos Tapafuros (uma pastelaria dos Arcos de Valdevez enquanto dura o tempo do cofee break!) para se “cafeínarem” antes de saltarem para os selins (acho que todos tinham selins mas não verifiquei!).
Faltou aqui o estratega da volta, o companheiro Serafim, que por motivos de força maior se viu impossibilitado de participar. Apareceram 8 Tapafuros.
Que é isto? Uns de fatos com luzes e um de pijama? Que raio....ele há coisas!!! |
Ao estilo comandos, os possuidores de GPS aproveitaram para sincronizar aparelhos. O facto de a hora não ser a mesma nos dois gingamoichinhos não causou estranheza devido ao Jet Lag, agora o facto de o GPS do Valente dizer Salamanca 1 km é que fez torcer narizes.
-“É da falta de satélites, isso melhora lá fora!” – Justificou-se o elemento.
Como "falta de satélites" se não tivemos notícia de que tivesse caído algum? Em princípio estão lá todos.
A sincronia dos gingamoichinhos, mas os pormenores nos mapas são obscuros.Afinal para onde é o Norte? |
Adiante...
Porque só compareceram oito elementos, o que é de alguma forma pouco para o habitual das últimas voltas Tapafureiras, até merecem o destaque da nomeação: João Pedro, Valente, Agostinho, Nuno, Angelo, Vitor, Paulino e o Filipe.
Volta que se preze não pode deixar de ter inaugurações e desta vez seria a excelente backpack do Agostinho, de cores vibrantes e capacidade para 82 litros bem aviados de Favaios.
Aqui cabe praticamente tudo: apenas o torno mecânico teve de ficar de fora, mas o resto veio! |
Arrancamos em direcção a cima, que mais poderia ser?
Esbaforidos e ofegantes rumamos até à Srª do Castelo onde aproveitamos para tirar uma foto de grupo. A manhã cinzenta a lembrar que a qualquer momento poderíamos, no meio do nevoeiro, esbarrarmos com um Sebastião desnorteado de regresso de uma qualquer campanha de África e confundir-nos com mouros, fazia com que usássemos de cautelas especiais.
A contar da esquerda para a direita: 1,2,3,4,5,6,7,8. |
Nas matas circundantes à capela da Srª. do Castelo não encontramos o Sebastião mas demos de caras (para não dizer trombas tendo em conta a cara de alguns de nós àquela hora da manhã) com as primeiras coisas estranhas do dia: cogumelos e esculturas naturais… ou não.
O QUEEEE? Ouve Nuno -diz o JP - O cogumelo é perfeitamente comestível, e sem efeitos secundários! |
Aqui! - diz o JP - foi onde viveu a Smurfina! |
Os cogumelos são uma das perdições do JP e como tal logo nos deu uma palestra acerca dos benefícios desses fungos numa alimentação equilibrada e saudável. Convencidos mas pouco lá provamos as iguarias (brincadeira!!!! somos tolos mas nem tanto!) e só vos digo: a partir dali nunca mais as coisas foram as mesmas.
Cresceu um cogumelo na roda do JP? |
Não sabemos se as capacidades alucinógenas da iguaria, tiveram a ver com o facto, mas o que é certo é que ouvia-se música dos “The doors” e haviam estrelas esvoaçantes e unicórnios a saltitarem à nossa volta que colocavam um sorriso meio estúpido na cara dos ciclistas.
Seguimos caminho até à Sr.ª da cabeça e aqui dividimo-nos, uns já estavam em Guilhadezes enquanto os mais atrasados ainda vinham em Monte Redondo (o autor esclarece que as placas distam uma da outra 4 metros que é a largura da estrada).
Nesta altura o Valente olhou para o GPS e exclamou: “Olha estamos na fronteira de Castilla-Leon!” – ...pois...não se passa nada, devia ser dos cogumelos.
Os quatro que JÁ iam em Guilhadezes |
Os quatro que AINDA iam em Monte Redondo |
As matas da Miranda, assim designadas genericamente, são de beleza inigualável e é sempre com imenso prazer que por lá andamos. Caminho acima, caminho abaixo, o “efeito cogumelo” e a maravilhosa paisagem fazem de nós novos homens e portanto passamos a ser: o Asdrúbal, o Gervásio, o Anacleto, o Camilo, o Fagundes, o Caetano, o Domingos e o Tone. J
De alma rebaptizada, os intrépidos ciclistas decidiram que era hora de um novo reforço. Por isso toca a parar junto de um tasco que é o melhor parque de merendas que conhecemos. O Sr. Pedreira das Aveleiras gentilmente nos colocou uma questão de suma importância: vinho novo ou velho?
A favor do velho a qualidade já reconhecida, pelo novo o facto de ainda estar levemente frutado. Vamos para o novo!
O que não imaginávamos é que a adega donde o néctar está guardado tinha sido construída pelos hobbits o que fica bem patente na oportuna foto do Alone.
Lá em baixo a adega! Huummmm pipas!!! |
Ainda deu para comprar umas maçãs e sermos brindados com uma generosa oferta de figos secos por parte do simpático proprietário da venda, o que se viria a tornar precioso mais tarde, já que o chichar de dentes permite sempre recuperar alimento que se aloja nos espaços servindo assim de reserva energética.
Que bem nos tratou este simpático amigo. Bem haja! |
Monte acima novamente (seguindo o plano original do Serafim), chegamos a nova zona de trilhos fantásticos e paisagens exuberantes.
Foi aqui, no estradão que dá à cruz vermelha que decidimos para outra vez para comer.
- “Ainda bem.” – disse o Valente – “ A zona de Torremolinos é muito bonita!”- exclamou a olhar par o GPS.
As bananas made in Nasa e chocolates made in Carcavelos saltaram cá para fora e foram avidamente deglutidas, já que o branco novo abrira o apetite.
Vamos outra vez para a tasca? - Parecem perguntar... |
Assinalamos o encontro imediato com uma motorizada que por pouco não sofria uma operação stop o que a julgar pelo zig-zagueado do motociclo poderia resultar na apreensão do veículo e no levantamento de um auto contra-ordenacional ao condutor soubesse ele onde estava e o que era isso…
Valente: Uma operação Stop no meio da mata é que era! |
Seguimos para as descidas, que é afinal o que nos motiva e nos faz olhar para trás e pensar: “Se viéssemos ao contrário isto era uma subida!”
Sem grandes ocorrências a assinalar e com o tempo já apertado para o regresso ás viaturas auto-próprias, rumamos via estrada nacional até Arcos de Valdevez, excepção feita ao Gps do Valente que indicava que estávamos na Zona histórica de Badajós a 50 km/h!!!!
Não houve tempo para debriefing (sobre este assunto dos debriefings, brevemente traremos a publico algumas indicações sobre como deve ser feito um !! Fiquem atentos).
Cumpriu-se mais uma volta e bem bonita, digo eu. Poucos Tapafuros e sem friends mas os que foram assinalaram condignamente a passagem por terras Arcuenses na fantástica paisagem da Miranda.
Abraços.
Ahhhh é verdade! Não me esqueci dos duendes, cisnes e sapos fluorescentes. ÓOh PRA ELES AQUI
De reparar que no pequeno lago há dois grandes cisnes e no grande lago há um pequeno pato. Ao centro do pequeno lago 3 sapos bué de verdes e fluorescentes - Altamente! |
O gajo ao lado do pelicano é um gnomo ou não é um gnomo? A tipa de braços ao alto ou está a ser assaltada... ou não! |
Quanto aos cogumelos foram só para apreciar, mas a musica dos The doors é uma “trip” – Jim Morrison forever
Fiquem bem
Abraços Tapafuristicos
Ang3lo
E então? não ha mais crónicas? uma pessoa habitua-se e depois é isto!... ;)
ResponderEliminarAs crónicas voltam em breve, após uma pequena pausa para as festividades!
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